O candidato ao governo de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) disse que o depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que cita a participação de pelo menos 61 parlamentares, seis governadores e um ministro, num esquema de lavagem de dinheiro na empresa “não significa nada” para sua campanha. Embora não esteja diretamente envolvido com o escândalo, Pimentel, que esteve neste sábado (6) no aglomerado Morro das Pedras, Região Oeste de Belo Horizonte, afirmou ser preciso ter cautela. “Até agora, são só vazamentos de uma suposta delação premiada. Até que haja alguém responsável por essa informação e que ela seja incorporada a um processo judicial, isso não significa nada”, ressaltou.
O petista disse que é preciso esperar até que o Ministério Público e a Justiça assumam a responsabilidade pelos nomes citados. “A chamada delação premiada é um instrumento muito perigoso. Não sabemos em que circunstâncias esses depoimentos foram colhidos”, afirmou. Em depoimentos prestados aos procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba e a policiais desde 29 de agosto, quando assinou um acordo da delação premiada, Costa citou a participação de pelo menos 61 parlamentares — 49 deputados e 12 senadores —, seis governadores e um ministro que estariam no esquema, envolvendo PMDB, PT, PP, PTB e PR.