Sem se aprofundar no tema, Marina afirmou que "o fato de haver um investimento da Petrobras em seu Estado não dá o direito, a quem quer que seja, de colocá-lo (Campos) na lista dos que cometeram irregularidades" na empresa.
Marina ainda aproveitou para ironizar os recentes ataques que têm recebido por parte da campanha da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), que critica a suposta falta de prioridade que o programa de governo de Marina dá à exploração de petróleo e que levanta a suspeita de futura privatização da empresa.
"Quem está ameaçando o pré-sal não somos nós, nós vamos manter a exploração no pré-sal e usar os recursos para a saúde e para a educação, para que a gente tenha conhecimento, ciência, tecnologia, informação, para ajudar a melhorar o futuro do Brasil", disse. "Quem ameaça o pré-sal é a corrupção que está assolando a Petrobras."
O candidato a vice-presidente na chapa de Marina, Beto Albuquerque, também defendeu Campos das acusações. "Repudio as ilações e a vilania que estão tentando fazer contra Eduardo Campos depois que ele morreu", disse. "Quando ele estava vivo, não tinham coragem de enfrentá-lo. Agora, começam a levantar acusações, como se ele pudesse se defender.
O ex-diretor de abastecimento e refino da Petrobras Paulo Roberto Costa começou a revelar nomes de supostos envolvidos no mega esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal.
O número de políticos envolvidos no esquema ainda deve aumentar até o final dos depoimentos do delator. De acordo com a edição deste sábado (6) da Revista Veja, entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Revista menciona ainda o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), os senadores Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR).
Ainda segundo a Veja, fariam parte da lista os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC), além do ex-ministro das Cidades e ex-deputado Mario Negromonte (PP). Paulo Roberto Costa teria citado ainda Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco e ex-candidato à Presidência, morto no dia 13 de agosto em um acidente aéreo..