Alguns minutos depois, Dilma questionou se seria justo desperdiçar "a chance única" que o petróleo do pré-sal oferece ao Brasil. Ela responde que não, e que vai lutar com todas as forças contra "esse absurdo", "contra qualquer tentativa de atingir o pré-sal e a Petrobras". Conclamou os brasileiros a que "entrem de corpo e alma nessa luta".
O programa seguiu com detalhes do desenvolvimento do pré-sal e a expectativa de produção de petróleo, que fará o Brasil ser um dos maiores produtores do mundo, com destaque para os avanços na cadeia produtiva nacional, na geração de empregos e no compromisso de uso dos royalties para educação. "O programa de governo de Marina ameaça todas essas conquistas, principalmente quando prevê a revisão da política de conteúdo nacional", afirma uma apresentadora do programa.
Em seguida, Dilma retoma a palavra, dizendo que conhece Marina Silva e pode dizer que ela não é mal intencionada, mas tem uma "visão equivocada" sobre o desenvolvimento do Brasil, e "propostas na área econômica que repetem alguns erros do governo tucanos", que trouxeram desemprego e arrocho salarial no passado. Segundo Dilma, "Marina chega a dar passos mais atrás" ainda que os tucanos em suas propostas, como defesa da autonomia legal do Banco Central e da menor atuação dos bancos públicos na economia.
"Não tenho nenhuma intenção de atacar a candidata", afirma Dilma, frisando que este não é seu estilo, mas que se vê obrigada a "alertar a população" que, se colocado em prática, o programa de governo de Marina pode "desmontar o Brasil que tanto custamos a melhorar".
O programa traz ainda um trecho do discurso do ex-presidente Lula em um comício em Recife, na quinta-feira, sobre o pré-sal. "Tem gente que quer acabar com o pré-sal. Se for necessário, querida, me chame, que eu vou lá mergulhar e vou lá no fundo buscar petróleo, que vai dar a oportunidade para a juventude ter a oportunidade de estudar, que eu não tive"..