"Vazamento sempre é condenável porque pode ter sido feito por advogado de réu para protegê-lo", disse.
Segundo a revista Veja desta semana, o ex-diretor da Petrobras teria mencionado vários nomes de supostos beneficiários do esquema. É o caso dos governadores do Maranhão, Roseana Sarney, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, além do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último dia 13. "Um está morto e não pode nem se defender", disse Carvalho.
Questionado sobre o fato de a denúncia atingir em cheio a base aliada do governo no Congresso, o ministro reagiu: "Meu irmão, eu não aceito e não posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um vazamento de um procedimento que eu não sei qual é". O papel desses partidos, acrescentou, é estar "perfilado em apoio aos projetos que estão mudando o País". A campanha, avaliou, não será afetada.
Carvalho acrescentou ainda que "sem a reforma política e sem acabar com o financiamento empresarial de campanha, não temos como acabar com a corrupção". Segundo ele, "isso (corrupção) é com todos os partidos.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, evitou fazer comentários sobre o caso, alegando que o inquérito corre em sigilo. "Não se pode fazer nenhuma valoração a respeito", disse. Mas ele ressaltou que "é muito importante que se faça a investigação e se esclareça". E desconversou ao ser perguntado se haveria agilidade na investigação. "A Polícia Federal e o Ministério Público estão fazendo as apurações dentro daquilo que a lei determina."
No final da manhã, a presidente Dilma Rousseff recebeu um grupo de jovens para discutir a reforma política. O site da campanha petista dá apoio a um plebiscito popular sobre o tema..