Paulo Roberto revelou que pelo menos 32 deputados e senadores e um governador receberam propina em negociações de contratos na estatal. Os parlamentares recebiam 3% sobre o valor dos contratos. Entre os citados está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Vital do Rêgo afirmou que a CPI mista já aprovou, no curso dos trabalhos de investigação, um requerimento que permite o compartilhamento com a Justiça paranaense de todas as informações da Operação Lava Jato, ação deflagrada em fevereiro pela Polícia Federal que levou à prisão de Costa. "É obrigação da CPI estar acompanhando para compartilhar o que a Justiça está fazendo e vice-versa", disse o presidente da comissão.
Na quarta-feira pela manhã, 10, integrantes da CPI mista e líderes partidários devem se reunir no gabinete de Vital para discutir qual a melhor estratégia para cuidar do caso. Parlamentares da base e da oposição passaram a defender a presença de Paulo Roberto na CPI somente após ter tido acesso a todas as informações da delação premiada.
Eleições
O deputado Izalci Lucas Ferreira (PSDB-DF) defendeu hoje que a CPI mista da Petrobras realize o depoimento do ex-diretor da estatal antes do primeiro turno das eleições. Segundo o tucano, é importante para que a sociedade conheça o teor das informações que Paulo Roberto está prestando. Desde o dia 29 de agosto, o ex-diretor começou a revelar, na tentativa de conseguir um acordo de delação premiada, informações que envolvem políticos em um suposto esquema de recebimento de propina na Petrobras.
"É muito importante o depoimento dele (Paulo Roberto Costa), senão parlamentares envolvidos no esquema podem ser reeleitos", afirmou o parlamentar do PSDB.