O ex-presidente disse acreditar que a presidente Dilma Rousseff “não viu nada”. “Mas, então, ela não é uma gerente competente. (...) E eu acho que ela precisa dar explicações mais consistentes”, declarou FHC.
O ex-presidente disse contar com órgãos como a Polícia Federal, Ministério Público e a Justiça para aprofundar as investigações sobre o caso. “A CPI está muito politizada, não fez nada até agora”, afirmou. FHC, que integrou a Comissão de Estudos e Defesa do Petróleo, comentou que sempre foi a favor da Petrobras nas mãos do governo, mas frisou que política de Estado é diferente de política partidária. Sobre os rumos da campanha à Presidência da República, FHC evitou especular o que vai acontecer a partir das revelações de Paulo Roberto Costa. Mas afirmou que se trata de um “escândalo de grandes proporções”. “Não sei se muda a campanha, mas torna outra vez tema de campanha a ética. Nem é ética no sentido filosófico, é a decência do cumprimento da regra, e isso tem que ser reafirmado na campanha. Eu não sou precipitado, não vou julgar antes de ver do que se trata”, disse.
Fernando Henrique participou no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, do lançamento do novo relatório da Comissão Global de Política sobre Drogas, do qual é presidente.
Novos números da disputa
Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT)/Instituto MDA, divulgada ontem, mostra avanço da presidente Dilma Rousseff (PT) e de Marina Silva (PSB) em relação ao levantamento feito em 26 de agosto. Dilma passou de 34,2% das intenções de voto para 38,1%, enquanto Marina foi de 28,2% para 33,5%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, oscilou de 16% para 14,7%. Em uma disputa no segundo turno, Marina tinha 43,7% e subiu para 45,5%, e Dilma saiu de 37,8% para 42,7%, o que aponta empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.