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Estado de Minas

'Costa não participou da gestão de Pasadena', afirma Cerveró em depoimento

Nestor Cerveró ainda disse que apesar da imagem negativa que se criou em torno da aquisição da refinaria de Pasadena (EUA), o cenário atual é "altamente favorável nos próximos anos"


postado em 10/09/2014 17:19 / atualizado em 10/09/2014 18:19

Pela terceira vez depondo no Congresso, Nestor Cerveró agora prestou esclarecimentos na condição de investigado(foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)
Pela terceira vez depondo no Congresso, Nestor Cerveró agora prestou esclarecimentos na condição de investigado (foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró disse na tarde desta quarta-feira, durante depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura irregularidades na estatal, que o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa não participou da gestão da refinaria de Pasadena (EUA). Costa segue preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e se tornou a principal testemunha das investigações da Operação Lava Jato.

Em seu depoimento, Cerveró disse que o valor total investido na compra de Pasadena foi de US$ 1,2 bilhão - refinaria e comercializadora (trading). Segundo ele, o Tribunal de Contas da União (TCU) não reconhece o valor da comercializadora na aquisição de 100% da refinaria, por isso teria emitido um parecer que aponta prejuízo para a Petrobrás. Ele insistiu que o negócio não foi ruim para a estatal brasileira e declarou que a decisão de compra não foi "inconsequente".

Nestor Cerveró ainda disse que apesar da imagem negativa que se criou em torno da aquisição da refinaria de Pasadena (EUA), o cenário atual é "altamente favorável nos próximos anos" para a estatal brasileira. "Essa refinaria hoje processa em sua capacidade máxima e atende plenamente a produção de gasolina no mercado americano", declarou.

Segundo o ex-diretor, Pasadena já teve um lucro líquido de US$ 80 milhões no primeiro semestre e neste ano deve chegar a US$ 150 milhões. Ele disse que o cenário favorável ao óleo leve de xisto mudou completamente o setor energético norte-americano, mas que ainda assim há uma perspectiva de construção de novas refinarias no mercado dos Estados Unidos.

Pela terceira vez depondo no Congresso, Cerveró agora prestou esclarecimentos na condição de investigado. Ele ressaltou que da mesma forma que a mudança de cenário brasileiro com a descoberta do pré-sal tirou o foco dos investimentos em Pasadena, hoje houve uma mudança no mercado que vai continuar beneficiando a refinaria de Pasadena e os interesses da Petrobras nos Estados Unidos. O diretor lembrou que Pasadena custou US$ 550 milhões, valor abaixo da média das aquisições do mercado na época.

 Com Agência Estado


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