Na pesquisa Vox Populi divulgada na manhã desta quarta-feira pela revista Carta Capital, Dilma aparece com 36% das intenções de voto no primeiro turno ante 28% de Marina e 15% de Aécio Neves (PSDB). Na simulação do segundo turno, Marina soma 42%, tecnicamente empatada com Dilma, que tem 41%.
"Não vejo nenhum fato novo que tenha acontecido que alterasse a credibilidade da Marina nesses últimos dias. O que houve foi o ex-diretor da Petrobras que deu uma declaração visando à diminuição de sua pena. Fez uma série de afirmações e deu uma série de nomes", afirmou, referindo-se ao depoimento concedido por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, à Polícia Federal.
O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo no mês passado, foi citado por Costa como um dos políticos beneficiados pelo esquema de corrupção em contratos com fornecedores da estatal. A lista fornecida pelo ex-diretor também tem políticos de partidos como PT, PMDB e PP.
"Não acredito (em enfraquecimento da candidatura de Marina). Imagino que a pressão vai ser brutal", avaliou. Ele disse que possui informações de um "número considerável de pessoas" que o PT teria reunido e treinado para falar mal de "A, B e C" nas redes.
Para o senador gaúcho, que tenta a reeleição, Marina ganhará a disputa nacional porque o seu fenômeno de ascensão nas pesquisas foi espontâneo. "Ela representa a possibilidade de o Brasil fazer as transformações necessárias."
Reeleição ao Senado
Sobre sua entrada na disputa pelo Senado no Rio Grande do Sul - após o candidato original da chapa do PMDB, Beto Albuquerque (PSB), ter aceitado concorrer como vice de Marina -, Simon disse que sua participação neste pleito "foge da normalidade".
Segundo ele, este é o principal motivo para que apareça em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto no Rio Grande do Sul, atrás de Lasier Martins (PDT) e Olívio Dutra (PT). "Reconheço que meu problema principal é a propaganda", disse, justificando que boa parte do material de campanha ainda tem o nome de Beto como candidato da coligação ao Senado.
Ele explicou que aceitou ser candidato (depois de já ter anunciado sua aposentadoria) porque entendeu que era importante para o Estado ter Beto ao lado de Marina. "Se ela for eleita, poderemos ter um diálogo altamente construtivo para o Rio Grande do Sul dada a intimidade dele com Marina.".