A presidente Dilma Rousseff rebateu há pouco as declarações da ex-ministra Marina Silva (PSB) e disse que sua principal adversária atua como "vítima" durante o debate político. Em sabatina do jornal O Globo nesta quinta-feira, Marina atacou o PT e disse que não consegue "acreditar num partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras", numa referência às denúncias de irregularidades contra a estatal.
Candidata à reeleição, a presidente destacou que Marina ficou por 27 anos no PT e deve todos os seus mandatos eletivos à legenda. "Dos 12 anos aos quais ela (Marina) se refere, oito ela esteve no governo ou na bancada (do PT) do Senado Federal", emendou a presidente. A petista disse ainda que a história e a militância do PT foram "fundamentais" para que Marina chegasse a sua posição atual e que a fala da candidata do PSB na sabatina de hoje "mostra uma posição extremamente leviana e inconsequente".
Confronto
Questionada sobre o esforço de desconstrução da candidatura de Marina empreendido pelo PT, Dilma Rousseff afirmou que as posições de sua adversária estão em seu programa de governo e são conhecidas. "A candidata Marina quer falar o que pensa e não quer escutar os que os outros pensam", disparou Dilma. A presidente voltou a dizer que "mudar de posição de cinco em cinco minutos não é sério", outra linha de ataque da campanha do PT contra a ex-ministra.
Dilma alfinetou novamente Marina e afirmou que ainda não a viu "negar que é contra a política de conteúdo local". Para a presidente, essa política é uma grande vitória e garante a geração de empregos dentro do País. A petista sugeriu ainda que Marina mudou de ideia sobre o pré-sal e concluiu: "Espero que a Marina não mude agora sua posição sobre a independência do Banco Central".