Brasília – A possibilidade de o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista que investiga irregularidades na estatal já movimenta aliados da presidente Dilma Rousseff no Congresso empenhados em garantir que a oitiva seja fechada. Na avaliação de petistas, Costa vai desrespeitar as regras do acordo de delação premiada que firmou com a Justiça se falar ao colegiado sobre o esquema de corrupção que diz existir na Petrobras.
Líder do PT, o senador Humberto Costa (PE) também disse ter conhecimento de que a legislação da delação premiada impede que as declarações sejam reproduzidas publicamente. “A informação que eu tenho da lei é essa aí. Eu espero que ele fale se ele for à CPI. Mas essa será uma decisão dele e dos seus advogados”, afirmou.
Viana disse que o vazamento de trechos da delação de Costa, que liga congressistas, um ministro e os presidentes da Câmara e do Senado ao esquema de corrupção da Petrobras, tem cunho eleitoreiro a um mês da disputa nas urnas. “Isso está contaminado pelo calendário eleitoral, sendo usado como boia por partidos de oposição.”, afirmou.