Uma família que teve sua casa atingida pelo avião que caiu há um mês no bairro do Boqueirão, em Santos, provocando a morte do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB) e de mais seis pessoas, estão próximas de entrar em acordo com os donos do jato PR-AFA Cessna, modelo 560 XL, para receber indenização de reparação patrimonial. Os valores não foram revelados, mas de acordo com o advogado Marcelo Marsaioli, pode-se dizer que ele estaria 90% acertado entre as partes.
Filha da idosa proprietária da casa 111 da Rua Alexandre Herculano, Claudete Fuji, disse que, no momento, o mais importante é recuperar a estrutura do imóvel, que foi bastante atingido. Ela disse que só no telhado foram gastos mais de R$ 20 mil e a preocupação agora é de que a casa venha a ser invadida. "Queremos, o quanto antes, que a nossa vida volte à rotina", afirmou.
A tragédia que matou sete pessoas, entre elas o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), quatro assessores e os dois pilotos, completa um mês neste sábado, 13. Na ocasião, o ex-presidenciável havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Guarujá. Como o tempo estava muito ruim, a aeronave não conseguiu aterrissar. Foi então que o piloto arremeteu, mas dois minutos depois o jato caiu no bairro do Boqueirão, em Santos. Treze imóveis foram atingidos. Desses, dez permaneceram interditados por alguns dias e dois permanecem fechados por não apresentarem condições de serem ocupados.