“Assinar cheque em branco é perigoso. Onde estão os programas dos meus adversários? Que apresentem para que possamos fazer a comparação”, cobrou Marina Silva. Acompanhada do vice, a candidata defendeu que o eleitor não pode escolher o presidente com promessas “genéricas”. “Nesse momento, o que está em jogo é algo muito grandioso: se vamos ou não eleger um presidente com base em um programa ou com base apenas em promessas e diretrizes genéricas”, atacou Marina.
Durante o evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Marina se comparou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha de 1989. “Dilma usa comigo a mesma tática que Collor usou com Lula”, criticou.
DIFAMAÇÃO Após o discurso, Marina Silva virou alvo de uma representação no Ministério Público Eleitoral movida ontem pelo Diretório Nacional do PT. A legenda acusa a candidata de praticar crime de difamação eleitoral nas declarações dadas durante sabatina ao jornal O Globo. Por nota, a sigla diz que Marina “extrapolou o direito de crítica, ferindo abertamente a honra da legenda, bem jurídico tutelado pelo tipo penal em questão”. A ex-ministra disse que o PT colocou “por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras”, em menção a Paulo Roberto Costa.
BC AUTÔNOMO À noite, durante comício em Fortaleza, a candidata do PSB voltou a defender a independência do Banco Central e disse que é preciso evitar que aconteça com o BC o que, segundo ela, aconteceu com a Petrobras, que foi tomada por um grupo político. “Um grupo que, além da corrupção, desmoralizou, depreciou uma empresa antes tão valorizada”, disse ao chegar à Praça do Ferreira, no Centro da capital cearense. A presidenciável do PSB afirmou que é preciso recuperar o BC e colocá-lo a serviço dos brasileiros. Marina disse que seu foco, se eleita, será recuperar a estabilidade econômica perdida nos últimos anos..