Durante campanha em Belo Horizonte neste sábado, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a criticar o Partido dos Trabalhadores (PT), em especial, o esquema de propina na Petrobras. "Estamos com novas notícias do governo do PT que agora é acusado de agir sob chantagem em relação a crimes cometidos. O que está acontecendo com a Petrobras é algo acintoso e vergonhoso", disse.
Reportagem publicada pela revista Veja esta semana revela que às vésperas das eleições, o PT teria pago, em dólares, pelo silêncio de um grupo de chantagistas. Segundo a matéria, um grupo de criminosos teve acesso a um documento e informações que comprovam a participação de líderes petistas em um desfalque milionário nos cofres da estatal e, então, procuraram a direção do PT e ameaçaram contar o que sabiam sobre o golpe, caso não fossem devidamente remunerados. Tal revelação levaria nomes importantes para o epicentro do escândalo, entre eles o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho (Casa Civil).
Nos minutos em que falou com a imprensa na Praça do Papa, o tucano disse ter respeito por todas as candidaturas, mas ressaltou que a presidente Dilma perdeu a posição de governabilidade e a candidata Marina não adquiriu essas condições."Para governar, é preciso ter experiência e coerência. É um susto por semana", disse. Da Praça do Papa, Aécio saiu em carreata ao lado dos candidatos ao Governo de Minas, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia pelas avenidas Agulhas Negras e Afonso Pena até a Praça Sete.
Mesmo estando em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, Aécio evitou falar sobre uma possível e derrota. "Não existe essa hipótese para nós (de não ir para segundo turno). Vamos para o segundo turno, não sei com quem. E vamos estar porque a mudança somos nós", disse.
Plano contra racismo Durante o discurso, o candidato anunciou um plano contra o racismo. "Hoje estamos selando pacto a partir de Minas pela igualdade racial. Qualquer discriminação é crime e tem que ser punido". Segundo ele, o plano vai permitir uma inserção maior da juventude brasileira no mercado de trabalho e também combater qualquer tipo de discriminação ou de racismo, garantindo a aplicação da lei. “Estamos propondo a criação de um fundo de promoção da igualdade racial. Temos políticas públicas em Minas muito exitosas nesta direção. E tenho dito sempre, que o Brasil vive hoje um verdadeiro genocídios de jovens e principalmente negros em periferias das grandes cidades”, disse. (Com agências)