Com resultados adversos nos tribunais, a campanha de Arruda já vinha discutindo um rearranjo na chapa há alguns dias. Uma decisão precisava ser tomada neste final de semana porque o prazo para a substituição de candidato acaba nesta segunda-feira, 15.
Hoje, Arruda comunicou a aliados que estava deixando o posto por não acreditar que conseguiria um desfecho favorável no Supremo Tribunal Federal (STF). "Se ele não reverteu no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não ia ser no Supremo", disse Alberto Fraga, presidente do DEM do DF, partido que faz parte da coligação de Arruda. Frejat foi o nome escolhido por ter potencial de votos no Distrito Federal e por sua baixa rejeição. Além do mais, ele é próximo do ex-governador Joaquim Roriz, avalizador da troca.
Aliados disseram que abrir mão da cabeça da chapa foi uma decisão pessoal de Arruda e alegaram que, mesmo fora oficialmente da disputa, ele deve se empenhar na campanha. Sem ele operando nos bastidores e pedindo votos para o novo candidato, o nome de Frejat não seria competitivo na corrida eleitoral.
José Roberto Arruda é suspeito de envolvimento com um esquema de compra de apoio político conhecido como "mensalão do DEM", partido ao qual era filiado quando chefiou o Distrito Federal anteriormente. O caso veio à tona há quatro anos, com a divulgação de vídeos de Arruda e de aliados recebendo dinheiro. (Ricardo Della Coletta).