A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, disse neste sábado, 13, durante programa do horário eleitoral gratuito de TV, que sempre esteve ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no passado, "na batalha" para defendê-lo. "Eu colocava a camisa do Lula e ia combater cada preconceito que era lançado contra ele", disse a candidata. "Nunca imaginei que iriam usar os mesmos preconceitos, as mesmas mentiras (contra mim). Nem criativos são. Isso não me abala. O povo brasileiro vai fazer suas escolhas", disse Marina no programa.
O programa do candidato do PSDB, Aécio Neves, mostrou a ligação de Marina Silva no passado com o PT, contou a história da saída de Marina do PT, a tentativa de criação da Rede e a filiação de Marina ao PSB, que já apoiou o governo do Partido dos Trabalhadores, e destacou que, enquanto isso, "Aécio continuou defendendo mudanças". Apesar dessa citação a Marina, o programa do tucano concentrou as críticas ao governo de Dilma Rousseff. Segundo ele, o atual governo "sempre procura um culpado para justificar o que não resolveu".
Aécio falou sobre a insegurança que atinge as famílias brasileiras hoje e defendeu que a questão da segurança pública é um problema do governo federal sim. "Nessas situações não tem que ficar transferindo responsabilidades (para governos estaduais). Tem que enfrentar", afirmou em tom de crítica ao atual governo. O programa de Aécio destacou ainda projeto do vice de chapa, senador Aloysio Nunes Ferreira, de redução da maioridade penal para situações muito graves, como crimes hediondos. Segundo o senador, a proposta do PSDB, nesses casos, é reduzir a maioridade penal. "Dilma e Marina são contra", destacou. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou também do programa para destacar o apoio à candidatura de Aécio e ainda foram exibidas imagens de cantores que apoiam o tucano, como Zezé de Camargo, Vanessa Camargo, Chitãozinho e Xororó.
A presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, também abordou o tema segurança no programa desta tarde. Segundo ela, a Constituição estabelece que segurança pública é atribuição dos governos estaduais, mas "o governo federal não pode se contentar em ser apenas um repassador de verbas para Estados". A proposta de Dilma é mudar a Constituição para que o governo federal, junto com os Estados, possa criar um modelo de segurança integrada, que, segundo ela, já foi testado na Copa. "Os resultados (da operação integrada de segurança na Copa) foram tão positivos que não tem dúvida de que é esse modelo que deve ser adotado para termos segurança pública mais eficiente", destacou o programa.
Sem citar diretamente os adversários, o programa de Dilma defendeu que a presidente é a candidata que tem mais compromisso com a mudança e o bem estar do brasileiro. "Dilma pode assumir compromisso com o povo porque o trabalho dela está aí, melhorando a vida de milhares de pessoas", destacou o locutor. O programa mostrou obras feitas pelos Estados e destacou os benefícios da população com o Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida e com a criação de escolas técnicas. "Quando falamos que o Brasil está pronto para viver um novo salto, estamos falando em trabalho concreto e não em modelo vazio. Não estamos partindo do zero, nem de uma teoria qualquer, mas de experiência que já foi testada e aprovada. Essa é a grande diferença entre falar e fazer, o que é promessa e realização. Por esse caminho concreto e real é que vamos continuar o que está bom e consertar o que está ruim", destacou.
O programa voltou a abordar o tema do pré-sal e exibiu a participação do ex-presidente Lula em um evento de campanha. "Tem gente que quer acabar com pré-sal. Se for necessário querida, me chame que eu vou mergulhar e buscar petróleo do pré-sal", afirmou Lula, destacando que os recursos do pré-sal é que vão garantir o dinheiro para a educação.