Jornal Estado de Minas

Dilma fala de corrupção e defende criminalizar homofobia durante comício em BH

Em evento voltado para a juventude, a presidente destacou que seu governo apurou todos os casos de denúncia de irregularidades

Marcelo Ernesto Alessandra Mello
Dilma Rousseff se encontrou com lideranças da juventude de diversas áreas. Um dos apresentadores do evento foi o cantor de rap, Flavio Renegado, que é de Belo Horizonte - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Em seu último evento de campanha neste sábado em Minas, a presidente Dilma Rousseff repetiu o mote de seu programa eleitoral que vem tratando do combate à corrupção. “Nunca no Brasil um governo investigou tanto como o meu governo e do Lula Nunca varremos para debaixo do tapete”, disse. Ainda segundo a presidente, seu governo sempre nomeou o primeiro colocado na lista tríplice indicada pelo Ministério Público Federal (MPF) para o comando da instituição acabando com a figura do “engavetador geral da Republica”, discursou, ressaltando que tem dado mais autonomia para investigar “qualquer crime”. O comício para a juventude ocorreu no marco zero da Lagoa Pampulha, Região Norte de Belo Horizonte, e segundo a organização, reuniu cerca de 2 mil pessoas.

Em seu discurso, voltado principalmente para os mais jovens, Dilma defendeu a ideia da reforma política. “Eu tenho compromisso, até já mandeu proposta de plebiscito para o congresso”, falou. A presidente reforçou a necessidade da participação do jovem nas decisões do país e que cabe a eles postura mais firme. “É dever do jovem fiscalizar se o dinheiro do país está sendo usado de forma correta”, falou.


A candidata à reeleição voltou a condenar o racismo e defendeu a criminalização da homofobia. “Direitos humanos é um valor. Matar jovem negro é algo que nós não podemos permitir, porque sangra a sociedade. Temos que criminalizar a violência contra o jovem negro, contra a mulher e contra a orientação sexual”, disse.

A presidente disse que tem a obrigação de defender o que foi conquistado pelo seu governo. "A partir daí, você vai conquistar mais. Mas você não pode conquistar mais perdendo o que já foi feito. Não se pode fazer isso", ressaltou. Ela assumiu um compromisso de universalizar a banda larga de internet no País. "Eu não assumo compromisso que eu não vou lutar para eu fazer", declarou, após explicar a importância da aprovação do marco civil da internet.

Durante seu discurso Dilma ainda lembrou que o país conseguiu realizar o Copa do Mundo da Fifa e que o evento foi um sucesso. “Nós ganhamos fora do campo. Fiquei numa bata tristeza porque perdemos dentro do campo, mas ganhamos fora”, destacou. Ela encerrou o comício dizendo que “tem muita mentira” na campanha e que não desistiria do Brasil. “Nem na tortura eu desisti desse país, quanto mais na democracia”, disse.


À vontade

Descontraída, antes de subir no palanque, Dilma chegou a arriscar alguns passos de funk. Ele recebeu os integrantes da Seleção Brasileira de Passinho. Cercada pelos dançarinos ela repetiu o que eles ensinaram (veja fotos). O criador do perfil Dilma Bolada que faz sátira a presidente. Jefferson Monteiro, também participou do evento e ganhou um pedido de agradecimento da presidente. “Queria agradecer o Jefferson . Foi ele quem inventou o rousselfie”, disse.

Candidatos em Minas

Já o candidato ao governo de Minas pelo PT, Fernando Pimentel, aproveitou para fazer críticas ao seu principal adversário, o tucano Pimenta da Veiga. Dizendo que vai ganhar a eleição no primeiro turno e sem citar nomes, Pimentel acusou os concorrentes de tratar com “arrogância” a disputa e chegaram a “cantar vitória” com vantagem de 4 milhões de votos, mas, segundo ele, vão sofrer “derrota histórica”.

O candidato da coligação para uma vaga no Senado, Josué Alencar, também discursou e pediu votos. “Não podemos entregar nosso país para quem não gosta do nosso povo, não gosta na nossa diversidade”.
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