Jornal Estado de Minas

Belo Horizonte vira alvo dos presidenciáveis em dia de campanha intensa

Com eventos envolvendo Aécio e Dilma, Belo Horizonte vira o centro da corrida à Presidência

Leonardo Augusto, Alessandra Mello Isabella Souto Pedro Rocha Franco
Os holofotes das campanha presidencial se voltaram ontem para Belo Horizonte e Nova Lima, na região metropolitana.
Dois dos principais candidatos ao Palácio do Planalto – Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) – dedicaram parte do dia a pedir votos na capital do segundo maior colégio eleitoral do país.  Ao longo das avenidas Afonso Pena e do Contorno, em BH, militantes, simpatizantes, candidatos a deputado e políticos balançavam bandeiras, cartazes e entoavam os jingles das campanhas. Com a presença de Aécio, os tucanos fizeram uma carreata que começou na Praça do Papa e terminou na Praça Sete. Os petistas organizaram um abraço na Contorno, enquanto Dilma Rousseff participava de um encontro com representantes do movimento negro em Nova Lima.


A movimentação dos aecistas começou por volta das 8h, quando era possível ver militantes colocando cavaletes por todo o canteiro central da Avenida Afonso Pena. Enquanto isso, carros com adesivos iam se aglomerando ao redor da praça, localizada no Mangabeiras – região nobre de Belo Horizonte. Um palco instalado no local serviu para a apresentação do grupo “Moleques de Aécio”, de Governadores Valadares, autor de um funk em homenagem ao tucano. A chegada do tucano foi marcada por fogos de artifício.

Em uma rápida passagem pelo palco, Aécio disse que é preciso vencer as eleições para “salvar o Brasil” e afirmou que Dilma perdeu e Marina Silva, candidata pelo PSB, não chegou a adquirir as condições para governar o país. A partir daí, percorreu durante pouco mais de uma hora o trajeto entre o Mangabeiras e o Centro ao lado dos candidatos a governador, Pimenta da Veiga (PSDB), e a vice, Dinis Pinheiro (PP), além de Antonio Anastasia (PSDB), que disputa vaga no Senado. Carros de som iam tocando o jingle e um locutor pedia votos para o “melhor candidato”, além de lembrar realizações do tucano no governo de Minas Gerais (2003 a 2010). Chuva de papel picado nas cores do PSDB – azul, amarelo e branco – ornamentou o trajeto. Já na Praça Sete, os candidatos se uniram aos militantes para uma rápida caminhada em que carregaram uma bandeira do Brasil. De acordo com a assessoria da campanha, cerca de 10 mil pessoas participaram do evento ao longo de todo o percurso.

Dilma chegou a BH por volta das 11h e seguiu para Nova Lima. Em frente da  Igreja de Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos escravos, teve encontro com representantes da comunidade negra, ao lado do candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, e de Josué Alencar (PMDB), que disputa vaga no Senado. Ela defendeu o respeito às religiões de matriz africana e fez críticas à adversária Marina Silva (PSB).

Enquanto isso, pelas ruas da capital mineira, petistas se reuniam nos principais cruzamentos da Avenida do Contorno para simbolicamente abraçar as candidaturas do partido. Era aguardada por muitos a presença de Dilma. Mas já estava definido que ela iria somente à Pampulha. Cerca de 100 militantes apoiaram o evento em cada esquina, com bandeira em punho.

Depois do evento em Nova Lima, Dilma almoçou na casa do ex-presidente estadual do PSB, Walfrido dos Mares Guia. Além dos dois, estavam presentes Pimentel, o candidato a vice na chapa, Antonio Andrade (PMDB), e Josué Alencar.
Depois de comer bacalhau com batatas, o grupo seguiu para a Pampulha, onde realizou um comício que, segundo a campanha, reuniu cerca de 2 mil pessoas, e foi voltado para os jovens.

Durante o evento, foram exibidas fotos de Dilma e Pimentel jovens e também imagens dos dois feitas pelos órgãos de repressão da ditadura militar. Em seu discurso, a presidente listou as ações de seu governo para a juventude e defendeu, como já havia feito pela manhã, a criminalização da homofobia e o fim dos autos de resistência. Antes de subir ao palco, a presidente assistiu a uma apresentação da companhia carioca de dança Na batalha e arriscou, muito sem jeito, uns passinhos da coreografia do grupo.

 

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