O conteúdo das delações de Paulo Roberto Costa trouxe outros tipos de problemas a partidos da base aliada, segundo a revista Veja, que publicou ontem reportagem sobre a chantagem que teria sido feita contra o PT. Segundo a revista, o partido teria pago criminosos, em dólar, para evitar que o nome de integrantes da cúpula do partido não fosse envolvido no escândalo da Petrobras. De acordo com a reportagem, a legenda estaria sendo chantageada por criminosos que teriam documentos que ligariam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilberto Carvalho, coordenador da campanha de Dilma, com as denúncias na estatal petrolífera.
As denúncias aumentaram a revolta dos citados e a intenção da CPI da Petrobras em levar Paulo Roberto Costa para prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ainda esta semana. Mas, o fato de Paulo Roberto comparecer à CPMI não significa que ele dirá ali tudo o que sabe. “Ele está convocado, o depoimento foi marcado, o STF já se manifestou.
A atitude do ex-diretor da Petrobras, entretanto, pode ajudar nenhum dos citados até agora. A tendência de Paulo Roberto Costa é permanecer em silêncio, de forma a não comprometer a delação premiada. Como outros famosos que desfilaram em CPIs, Paulo Roberto não pretende entregar nada aos parlamentares e tem argumentos para isso. Ele dirá que tudo o que deveria dizer está nos depoimentos fornecidos à Polícia Federal, aos quais os parlamentares certamente terão acesso em breve.
Enquanto ele não esclarece a situação e os nomes não param de surgir, os citados tratam de se defender. “Não sei quem é nem nunca estive com Paulo Roberto Costa”, comentou Cid Gomes. “A reportagem é esdrúxula”, vociferou o senador Delcídio Amaral. O líder do PMDB, Eduardo Cunha, divulgou nota: “Além de mencionar a esmo o meu nome, as demais citações não apresentam qualquer fato e fazem ilação de doação eleitoral com o que equivocadamente julgam ser imoral”, diz o deputado..