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Estado de Minas

Cresce o número de envolvidos em "teia" de ex-diretor da Petrobras

Mais quatro políticos teriam sido citados por Paulo Roberto Costa à Polícia Federal. Ele depõe esta semana no Congresso


postado em 14/09/2014 06:00 / atualizado em 14/09/2014 07:39

Brasília – A cada semana, a lista de supostos envolvidos no esquema de desvio de recursos da Petrobras cresce e junto a ela a preocupação no meio político quanto à delação premiada do ex-diretor da empresa Paulo Roberto Costa, que deve depor no Congresso na quarta-feira. Reportagem da revista IstoÉ apontou mais quatro políticos de peso citados no depoimento de Paulo Roberto à Justiça em troca da delação premiada. A matéria, publicada na noite de sexta-feira, citou os nomes do governador do Ceará, Cid Gomes (Pros); do senador e candidato ao governo do Mato Grosso do Sul Delcídio do Amaral (PT); do senador e candidato a vice-governador do Rio de Janeiro Francisco Dornelles (PP); e do líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, candidato à reeleição no Rio de Janeiro. A publicação menciona ainda as doações de campanha que muitos políticos receberam de supostas empreiteiras que estariam citadas no mesmo depoimento.

O conteúdo das delações de Paulo Roberto Costa trouxe outros tipos de problemas a partidos da base aliada, segundo a revista Veja, que publicou ontem reportagem sobre a chantagem que teria sido feita contra o PT. Segundo a revista, o partido teria pago criminosos, em dólar, para evitar que o nome de integrantes da cúpula do partido não fosse envolvido no escândalo da Petrobras. De acordo com a reportagem, a legenda estaria sendo chantageada por criminosos que teriam documentos que ligariam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Gilberto Carvalho, coordenador da campanha de Dilma, com as denúncias na estatal petrolífera.

As denúncias aumentaram a revolta dos citados e a intenção da CPI da Petrobras em levar Paulo Roberto Costa para prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) ainda esta semana. Mas, o fato de Paulo Roberto comparecer à CPMI não significa que ele dirá ali tudo o que sabe. “Ele está convocado, o depoimento foi marcado, o STF já se manifestou. Portanto, não há empecilhos para que ele compareça. Deve vir. Não é que seja bom ou ruim, a CPI quer ouvi-lo. Vamos esperar e ver que atitude ele vai tomar”, comenta o senador Humberto Costa (PT-PE).

A atitude do ex-diretor da Petrobras, entretanto, pode ajudar nenhum dos citados até agora. A tendência de Paulo Roberto Costa é permanecer em silêncio, de forma a não comprometer a delação premiada. Como outros famosos que desfilaram em CPIs, Paulo Roberto não pretende entregar nada aos parlamentares e tem argumentos para isso. Ele dirá que tudo o que deveria dizer está nos depoimentos fornecidos à Polícia Federal, aos quais os parlamentares certamente terão acesso em breve.

Enquanto ele não esclarece a situação e os nomes não param de surgir, os citados tratam de se defender. “Não sei quem é nem nunca estive com Paulo Roberto Costa”, comentou Cid Gomes. “A reportagem é esdrúxula”, vociferou o senador Delcídio Amaral. O líder do PMDB, Eduardo Cunha, divulgou nota: “Além de mencionar a esmo o meu nome, as demais citações não apresentam qualquer fato e fazem ilação de doação eleitoral com o que equivocadamente julgam ser imoral”, diz o deputado.


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