Dos quatro ouvidos, apenas Carvalho, da Abag, não tem relações com o PSDB de Aécio Neves. Sampaio foi secretário da Agricultura do ex-governador e candidato a senador José Serra (PSDB) e é um dos elaboradores do programa de Aécio para o setor. Paolinelli é conselheiro do candidato tucano para o agronegócio e Amaral foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e da Secretaria das Comunicações nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O presidente da Abag afirmou que assinou o manifesto "como pessoa física" por considerar que Aécio é "disparado" o melhor candidato entre os três favoritos à Presidência da República. "Não vejo problemas (em assinar) e, inclusive, nos lugares em que vou eu digo que o programa dele é o que mais se 'adequa'. Não tenho dúvida em dizer que para o agronegócio é o melhor candidato", disse Carvalho. "Isso não me impede de conversar com cada um dos outros candidatos e não significa que a diretoria da Abag tenha a mesma opinião."
Sampaio, do Cosag/Fiesp, reafirmou que a decisão de assinar o manifesto foi pessoal e o pedido foi feito pela equipe de comunicação da campanha de Aécio.
Já o ex-ministro Paolinelli disse ter conversado com a diretoria da Abramilho antes de tomar a decisão de assinar o documento em apoio a Aécio. "Após o pedido que ele (Aécio) fez para ajudá-lo, conversei com a diretoria e autorizaram para não haver constrangimento", disse. "Naturalmente não quis fazer uma coisa pública, mas particular e, pela conversa que tive, entendo que teria liberdade para ajudar particularmente quem eu achasse conveniente", emendou..