Ao falar com a imprensa durante evento organizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Janot afirmou que documentos relativos ao processo do ex-diretor da estatal ainda não chegaram à PGR. "Até agora não (chegou nenhum documento). A investigação segue normalmente", disse Janot. "Se houver alguém com prerrogativa de foro, os documentos todos devem vir para a PGR e para o Supremo Tribunal Federal", afirmou, sem especificar em qual momento os documentos precisariam ser remetidos para Brasília. "A estratégia da investigação quem diz é o investigador", afirmou.
Nos depoimentos à PF, Paulo Roberto Costa citou deputados federais, senadores, governadores e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, como envolvidos em suposto esquema de cobrança de propina nos contratos da Petrobras, conforme informações divulgadas. Janot, contudo, evitou comentar o conteúdo dos depoimentos: "Eu não sei nem se está em processo de delação premiada. Não podemos levar investigação de um caso profundo como esse com base em fatos veiculados pela imprensa", disse.
"No momento oportuno, quando estiver amadurecida a investigação, tomaremos as decisões da melhor maneira possível para que se possa prosseguir na apuração dos fatos", afirmou o procurador. De acordo com Janot, o vazamento do conteúdo da delação está sendo investigado em inquérito na superintendência da Polícia Federal no Paraná.
Com Agência Estado.