O juiz indagou ainda se auditoria interna da estatal detectou algum tipo de fraude, superfaturamento ou pagamento de comissão em negócios da Petrobras. “Não tenho conhecimento concreto. As auditorias internas da Petrobras não indicaram esse comportamento. Se houve, não foi do meu conhecimento”, respondeu Gabrielli.
O juiz quis saber como era o processo de escolha que levou à nomeação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Gabrielli afirmou ainda que não conhecia Janene. Ele explicou que Paulo Roberto Costa era um técnico de carreira, que vinha da área de exploração e produção, e foi apresentado pelo conselho. Indagado pelo Ministério Público Federal sobre se Paulo Roberto tinha ingerência sobre a comissão de licitação para execução da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, Gabrielli disse que o ex-diretor não mandava sozinho no setor de compras da Petrobras. “Os processos licitatórios envolvem a diretoria de Engenharia e a do segmento. São sempre comissões mistas formadas pelas diretorias envolvidas”, sustentou Gabrielli.
O ex-presidente da Petrobras falou na condição de testemunha de Youssef. Gabrielli foi presidente da Petrobras entre 2005 e 2012, período em que Paulo Roberto Costa, um dos alvos centrais da operação Lava a Jato, era um dos diretores da estatal. Costa é acusado de intermediar contratos entre a grandes empreiteiras e a Petrobras com a ajuda de políticos de diversos partidos..