O senador Aécio Neves, candidato à Presidência pelo PSDB, voltou a criticar a presidenciável do PSB, Marina Silva, a quem acusou de estar adaptando suas propostas para se acomodar ao momento eleitoral. Depois de garantir que tem absoluta confiança de que estará no segundo turno das eleições para disputar com a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, o tucano disse que “agora é a hora em que o eleitor aprofunda sua avaliação”. Em entrevista coletiva em São Paulo, onde a campanha tucana apresentou vídeos em que personalidades da política, esportes e artes declaram apoio a ele, Aécio criticou também a gestão petista, ao prometer acabar com o que chamou de “bolsa-empresário”, referindo-se à política de concessão de financiamentos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) centrada em grandes empresas.
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Aécio reafirmou que a política econômica defendida hoje pela candidata do PSB foi criticada por ela quando estava no PT. “Ela agora defende a nossa política econômica, o Plano Real. Quando nós lutamos muito para implementar, para acabar com inflação que hoje ela combate, nós infelizmente não tivemos a contribuição dela, que, no PT, ajudou o partido a combater o projeto e deu seu voto contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Quando defendemos o agronegócio como uma fronteira vital ao crescimento da economia brasileira, alguns anos atrás, ela apoiava projeto que proibia o cultivo de transgênicos no país”, relembrou o presidenciável.
Apoio em vídeo Ontem, Aécio Neves apresentou, em seu comitê central de campanha em São Paulo, vídeos que serão usados nesta etapa da disputa. Um deles, reúne personalidades tucanas como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-senador Tasso Jereissatti e o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin – favorito disparado nas intenções de voto na capital paulista –, que encerra o vídeo pedindo ao eleitor para votar no companheiro de partido. Em outra peça publicitária, artistas como Zezé di Camargo, a banda Inimigos do HP e os ex-jogadores de futebol Zico e Ronaldo Fenômeno também declaram apoio ao tucano.
Aproveitando o lançamento, o senador tucano garantiu que seu plano de governo será apresentado antes do fim da corrida eleitoral. “Nosso plano não será feito a lápis, será feito a caneta e reproduzirá o que nós pensamos”, insistiu. Aécio Neves não deixou de criticar também a presidente Dilma Rousseff e voltou a ironizar a política econômica do governo do PT.
Financiamento social
Ele afirmou que, se eleito, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai deixar de dar o que chamou de “bolsa-empresário”. Em crítica direta aos empréstimos concedidos pela instituição financeira durante o atual governo a grandes empresas, com recursos do Tesouro Nacional. “No meu governo, o "S" de BNDES será de fato social”, afirmou.
Como exemplo dos setores a serem privilegiados no programa de financiamento de seu governo, Aécio Neves citou a saúde, por meio da concessão de empréstimos a médicos para que construam mais clínicas. Ele afirmou que seu compromisso é construir pelo menos 500 clínicas em todo o país durante um eventual governo tucano. Para garantir a quitação, o pagamento do empréstimo será feito por meio de atendimento à população nas localidades em que as clínicas forem instaladas, via Sistema Único de Saúde (SUS). “Vamos resgatar a capacidade de investimento na saúde” disse.
Com agências