As denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras esquentaram o terceiro debate entre oito candidatos à Presidência da República, promovido pelo Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e realizado pela TV Aparecida, em Aparecida (SP). O senador Aécio Neves (PSDB) não perdeu a oportunidade em uma pergunta do Pastor Everaldo (PSC), para reafirmar que a denúncia de pagamento de propina a políticos da base do governo com contratos superfaturados da estatal, durante cinco anos, fez com que o escândalo do mensalão parecesse pequeno. “Os brasileiros se sentem representados pela minha indignação. Este governo abandonou o projeto transformador e quer usar todas as armas para se manter no poder. O que foi desviado para a base de apoio da candidata – a presidente Dilma Rousseff (PT) – é suficiente para construir 450 mil creches e 50 mil moradias para os brasileiros viverem em melhores condições”, afirmou o tucano.
Clique aqui e confira o Game das Eleições
AUXILIAR A troca de farpas, que surgiu apenas durante as perguntas entre os candidatos, não se restringiu ao tucano e à petista.
Dilma e o candidato do PV, Eduardo Jorge, também se exaltaram ao debater sobre as fontes de energia priorizadas no Brasil. Ele disse que o governo tem incentivado o uso da energia nuclear e fontes não renováveis como o carvão, abandonando o maior fonte energética do país, a solar. “Um país do porte do Brasil não consegue se sustentar com energia solar, que é muito cara. É preciso construir termelétricas, e, se não as tivéssemos construído, estaríamos passando por um racionamento, prejudicando a dona de casa, trabalhadores e empresário. Não podemos inventar a roda”, rebateu a presidente No entanto, ela teve de ouvir de Eduardo Jorge que as três usinas nucleares brasileiras significam um risco para o povo brasileiro em razões dos antigos protocolos de funcionamento.
O debate promovido pela CNBB foi um dos que tiveram ataques mais intensos entre candidatos, dos três realizados até agora. Mas o jornalista Rodolpho Gamberini, que mediou as perguntas, foi intransigente. Não permitiu que nenhum candidato ultrapassasse o tempo regulamentar nem nas perguntas e nas respostas e não se constrangeu em interrompê-los..