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Para Temer, a queda não tem relação com as revelações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em sua delação premiada, que indicou o pagamento de propina a políticos e partidos como o PT, PP e o PMDB do qual Temer é o atual presidente. "O depoimento não terá nenhuma repercussão eleitoral. Teria se o governo estivesse fazendo panos quentes ou jogando para debaixo do tapete", completou o vice-presidente.
Temer reforçou o discurso de campanha da presidente, se referindo à Petrobras como um "símbolo nacional'. Segundo ele, a companhia tem "potencialidades extraordinárias" e "não é a mesma de 30 anos atrás". Além das denúncias de corrupção, a empresa tem sido alvo de críticas do mercado por segurar investimentos, em função de sua delicada situação financeira.
Os empresários também criticam a política do governo para o setor, sobretudo em relação à carga tributária e à demora na realização de novos leilões de concessão. "Conversei com representantes do setor e empresários sobre a crença na companhia. Vamos precisar de alguns ajustamentos, sobre os quais conversamos e que vamos levar adiante. Mais leilões foi uma das questões levantadas", afirmou Temer.
Alianças
O vice-presidente avaliou que o momento eleitoral é de "paz institucional" e que nas próximas semanas a campanha da presidente Dilma Rousseff trabalhará com "tranquilidade" para enfrentar as eleições. Ele também comentou o desempenho do partido no Rio de Janeiro, onde o candidato Luiz Fernando Pezão aparece em primeiro lugar empatado tecnicamente com o ex-governador Anthony Garotinho.
"O partido está indo muito bem no Rio, o Pezão cresceu significativamente. Se houver segundo turno, haverá conversas seguramente", disse o vice-presidente em relação à uma possível aliança com o PT, partido que compõe a coligação nacional mas que, no Rio, tem candidatura própria ao governo. O candidato Lindbergh Farias está em quarto lugar nas pesquisas..