Beto afirmou, porém, que essa qualidade não foi mantida no governo da sucessora de Lula, Dilma Rousseff (PT). "O (Alexandre) Tombini, eu respeito, mas ele tem mandato? Ele pode ser demitido a qualquer momento. Está ali como um cargo de confiança, se discordar do chefe, pode ir pra rua. Isso é muito ruim para uma economia tão complexa como a do Brasil", disse em referência ao atual presidente do BC. "A sujeição, a demagogia do governo, estão evidentes (após a saída de Meirelles)", completou.
O programa de governo elaborado pela coligação que apoia Marina defende a independência formal do Banco Central, com mandatos fixos de seus dirigentes, proposta que vem sendo alvo de duras críticas da campanha petista.
Beto argumentou ser ruim o fato de o BC estar sujeito a "puxão de orelha do presidente de plantão", porque isso atrapalha a função da instituição de perseguir metas econômicas. O vice de Marina argumentou que as intervenções diárias no câmbio são um exemplo de algo que não seria feito por um Banco Central "profissional". Ele ressalvou, contudo, que usou o termo em relação à direção do BC e não aos seus funcionários de carreira..