Marinho disse ainda que todas as campanhas atualmente sofrem com a falta de recursos e disse que o fim da prática do caixa 2 "criou essa escassez". "Os mecanismos criados, diga-se bem da verdade, pelo governo do PT, do Lula e da Dilma, terminaram com o caixa 2. Quem fizer corre o grande risco de ser pego, é praticamente impossível (ter Caixa 2)", disse. "Isso criou escassez nas campanhas. Espero que o resultado disso seja uma reforma política decente".
Segundo Marinho, outro fator que inibe as contribuições às campanhas é o fato de que muitas empresas não querem ser expostas. "A imprensa faz um trabalho, e não estou questionando se é certo ou não, de pegar no pé de quem faz doação oficial".
O petista declarou que "tinha muito" caixa 2 em outras campanhas e lembrou o fato de ter sido apontado, em 2008, como um dos candidatos com a campanha mais cara do País. "Por que eu aparentemente fiz a campanha mais cara do País? Porque eu fiz tudo de forma oficial", disse. "Hoje o caixa 2 só quem pode fazer é igreja, empresa de transporte, jogo do bicho, tráfico. Acabou", disse.
Esperança
Marinho afirmou que, apesar das dificuldades de Padilha - que está com 9% de intenções de voto, segundo o último Datafolha - , o petista está iniciando "o processo de crescimento". "Eu ainda sou daqueles que avalia que o Padilha passará o (Paulo) Skaf (PMDB). E no segundo turno, pode acontece qualquer resultado", disse.
Para ele, o mesmo cenário federal se aplica na realidade da disputa paulista. "O mesmo exercício que serve para o (Geraldo) Alckmin (PSDB), serve pra Dilma. Os dois tanto podem ganhar no primeiro turno, como ter um segundo turno duro. Indefinido também é o adversário no segundo turno, que eu acho que vai ser o Padilha", afirmou. De acordo com o último Datafolha, feito na semana passada, Alckmin tem 49% e Skaf, 22% das intenções de voto..