"Não vamos deixar o PT exposto", reagiu. "O PT não matou Eduardo Campos". Leitão estima que as pichações começaram a surgir há cerca de três semanas e eram entendidas como expressões espontâneas, pessoais, tendo se propagado depois por muros dos municípios metropolitanos de Paulista e Moreno e de cidades da zona da mata (Escada, Palmares e Lagoa do Carro) e do agreste (Gravatá).
"Todas as pichações têm a mesma letra e a mesma frase", observou a dirigente partidária, ao descartar ligação da ação com o acirramento da campanha estadual depois que o candidato do PSB, Paulo Câmara, empatou e ultrapassou o candidato do PTB, Armando Monteiro Neto, de acordo com as pesquisas. Monteiro Neto tem o apoio do PT e aparecia em franca vantagem sobre o adversário, indicado por Campos e então desconhecido do eleitorado. Com o novo quadro, os ataques passaram a ser constantes, lado a lado, assim como acusações mútuas de depredação de material de campanha.
"As pichações têm conexão com as próximas eleições", avalia Leitão, que quer identificação e punição dos responsáveis. "O partido está em campanha e Campos morreu na campanha".
Ela estima que existem mais de 10 pichações no Recife e informou que independente da ação do PT pernambucano, no município de Palmares, o partido procurou a delegacia local para prestar queixa sobre os muros pichados na cidade..