Em visita à Bahia, Aécio fez campanha em Ilhéus e Itabuna, aproveitando para pedir ajuda a seus correligionários baianos para tirar o PT do governo – o estado está sob a administração petista desde 2007. Dividindo o palanque com o candidato ao governo Paulo Souto (DEM), que lidera as pesquisas, com 46% das intenções de votos, conforme o Ibope, o tucano afirmou: “Você vai ganhar a eleição na Bahia, Paulo, mas me ajude a fazer a obra completa, me ajude a tirar o PT do poder do Brasil”. Ele voltou a falar em “virada”, referindo-se à sua terceira colocação na preferência do eleitorado na corrida presidencial.
ERRÁTICA A candidata do PSB, Marina Silva, também não poupou de críticas a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Disse que a interrupção na queda da desigualdade e o aumento do desemprego são resultado de “políticas erráticas” da atual administração. “Como se não bastassem o crescimento baixo, a volta da inflação, a elevação dos juros, agora temos o retorno da concentração de renda, que estava fazendo uma inflexão para baixo. É só uma demonstração de que uma coisa está sendo discurso para ganhar eleição e outra coisa é a prática na hora de governar o país, fazendo prioridades erráticas”, afirmou a ex-senadora.
Para tentar mudar essa realidade, a socialista, que estava hospedada em um hotel no Rio de Janeiro e mais tarde faria ato público em Vitória (ES) e em Aparecida de Goiânia (GO), afirmou que, em seu governo, vai criar programas de qualificação que melhorem a capacidade dos trabalhadores, fazendo com que a renda cresça. “Toda vez que se fala que Dilma corre o risco de aumentar seus percentuais nas pesquisas, a Petrobras se desvaloriza no mercado financeiro. Isso é falta de credibilidade”, disse Marina.
No sentido contrário das interpretações de seus adversários, a petista Dilma Rousseff saiu em defesa de sua administração e afirmou, por meio de nota, que os dados da Pnad demonstram que houve “avanço na qualidade de vida dos brasileiros”. Além disso, o texto afirma: “O salário real aumentou 5,7%, a formalização do trabalho bateu recorde e o trabalho infantil registrou a menor taxa da história”. O governo destacou ainda que “a presença de itens como fogões, geladeiras e TVs nas casas dos brasileiros está praticamente universalizada”. A presidente não teve agenda de campanha ontem, se preparando para a entrevista que concederia à noite para uma emissora de TV.