Jundiaí - O candidato do PMDB ao governo do Estado, Paulo Skaf, disse nesta sexta-feira, 19, que a aposta numa decisão da eleição estadual no primeiro turno é precipitada. "Quem está cantando vitória antes da hora vai ter uma surpresa. Já vi muita eleição ser decidida na última semana. É precipitado dizer que não vai ter segundo turno em São Paulo", afirmou, numa referência à campanha dogovernador Geraldo Alckmin, do PSDB, candidato à reeleição. As últimas pesquisas indicam que o tucano pode ser reeleito no primeiro turno.
Mobilidade
Skaf aproveitou um grande congestionamento no km 58 da Anhanguera, que ali cruza com a Avenida Brasil, para criticar a falta de mobilidade no Estado. "As pessoas ficam duas horas paradas no trânsito de uma rodovia e isso causa acidentes, as pessoas acabam morrendo. É preciso construir marginais e anéis viários, para que as estradas deixem de ser usadas como avenidas e funcionem como rodovias."
O prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi (PC do B), que passava de carro pela trecho congestionado, parou o veículo e foi falar com Skaf.
O prefeito, cujo partido é aliado do PT, disse que o governo estadual havia se comprometido a construir dois viadutos no local. "É a marca desse governo, as obras não saem do papel", criticou Skaf. Ele prometeu também interligar por trens São Paulo e as regiões de Campinas, Sorocaba, São José dos Campos e Baixada Santista, além dos aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. "É, sim, um projeto do governador, mas ele não fez", justificou.
Em entrevista à imprensa regional na Associação das Empresas de Contabilidade de Indaiatuba, Skaf disse que São Paulo tem um governador invisível, que não enxerga a violência nas ruas. "As pessoas pensam que segurança pública não é com ele (Alckmin), mas é." Perguntado sobre o caso do camelô baleado por um policial militar, quinta-feira, na capital, ele disse que tivera informações apenas pela imprensa e não quis emitir opinião.
Ao criticar a gestão da saúde no Estado, Skaf evitou atingir o programa Mais Médicos do governo federal. "São Paulo precisa de mais médicos, mais hospitais, mais saúde." Um dia depois que o governo estadual inaugurou um novo modelo de Poupatempo em Cotia, na Grande São Paulo, ancorado num empreendimento comercial, ele elogiou o programa do governo paulista. "O Poupatempo funciona, por isso quero fazer o Estado funcionar como o Poupatempo."