Ela lembrou que o erro na última PNAD foi detectado rapidamente, no mesmo dia de divulgação da pesquisa. "O IBGE tem seu mérito e reconheceu o erro", disse. Dilma destacou que o governo criou duas comissões para apurar o caso: uma de especialistas independentes, que vai investigar se o padrão técnico da pesquisa foi cumprido, e outra comissão de sindicância para apurar responsabilidades.
A presidente afirmou que é uma vantagem o conselho diretor do órgão ser formado por funcionários da casa. "Não tem ingerência externa coisíssima nenhuma", disse. "Esperávamos que não houvesse erro. Ficamos surpreendidos como todo mundo", continuou.
Ela disse que a investigação está em fase inicial e que a comissão tem 30 dias para apurar as falhas. "Iremos descobrir isso, sem a menor sombra de dúvida", afirmou. A presidente disse que não puniu nenhum servidor do órgão porque espera a conclusão das investigações. "Não julgo ninguém antes da provas", disse. Mas afirmou que se ficar caracterizada uma falta, "é óbvio" que a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, não poderá ficar no cargo. "Mas tem que apurar a responsabilidade. Por isso governo não tomou nenhuma providência. Não vi problema de gestão no órgão", disse. A presidente garantiu que o governo não escolheu a data da divulgação da PNAD.
Segundo ela, foi um erro banal. Por isso, não acredita em conspiração. "É o que parece porque o erro é simples", afirmou. Segundo Dilma, o IBGE descobriu o erro no dia da própria divulgação, mas que ela foi avisada no dia seguinte..