Em entrevista concedida ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, na manhã desta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou que a economia do Brasil vai melhorar mediante recuperação da economia dos Estados Unidos e demais países.
“A gente tem de ver como que evolui a crise. Os Estados Unidos evoluindo bem eu acho que o Brasil pode entrar numa outra fase, que precise de menos estímulos. Pode ficar entregue à dinâmica natural da economia e pode, perfeitamente, passar por uma retomada”.
De acordo com a presidente e candidata à reeleição, o Brasil está na defensiva em relação à crise internacional. A petista também falou sobre o Banco Central e criticou a proposta de Marina Silva, candidata do PSB à Presidência. No entendimento de Dilma, dar independência ao BC pode criar um “quarto poder” no Brasil.
“Tudo o que eu falo está no programa da candidata. A candidata diz: vou tornar o Banco Central independente. Ora, Banco Central independente nos termos do Brasil é colocar um quarto poder na Praça dos Três Poderes. Aí vai chamar Praça dos Quatro Poderes. Está escrito isso. Mas não é só isso. Ela diz que vai reduzir o papel dos bancos públicos”, afirmou a presidente, ao comentar programa eleitoral veiculado na TV em que a proposta de Marina é fortemente criticada.
A jornalista Miriam Leitão, que conduziu parte das perguntas da entrevistas, disse que a proposta foi colocada em prática em países como Chile e no Reino Unido, e que os resultados foram satisfatórios. Além disso, ela lembrou que o controle da inflação mediado pelo BC é insuficiente, já que o teto estabelecido pelo governo pode ser ultrapassado.
Dilma também foi questionada sobre o esquema de corrupção envolvendo a Petrobras e afirmou que as irregularidades vieram à tona pois a gesão petista deu autonomia para a Polícia Federal investigar. Ela também disse que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal que está preso em Curitiba e fez delação premiada para reduzir sua pena foi indicado para o cargo durante seu governo por possuir as "credenciais necessárias".
Por fim, Dilma foi questionada sobre a educação no Brasil. Ela reconheceu que o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ficou aquém do que o de anos anteriores para os anos finais do ensino fundamental e ensino médio e propôs uma revisão da grade curricular para tais séries.