Orientada por seu comitê de campanha, Dilma aproveitará a passagem pelos Estados Unidos para fazer um balanço do seu governo e levantar bandeiras sociais e ambientais, reafirmando o compromisso do Brasil com a inclusão social e o combate à fome, o investimento em fontes limpas de energia e a defesa da floresta amazônica.
Na abertura da assembleia geral, na quarta-feira, Dilma deverá fazer um discurso centrado no avanço das políticas sociais durante a sua gestão e destacará que, apesar da crise econômica mundial, o Brasil gerou emprego, manteve a renda de seus trabalhadores e não cortou direitos - na contramão das políticas austeras adotadas pelos países desenvolvidos.
Público interno.
A ideia dos auxiliares de Dilma é usar a tribuna da ONU para reforçar a imagem de uma chefe de Estado atenta e preocupada com as questões globais, mas que também tem muito o que mostrar sobre o que fez “dentro de casa”. Um discurso perante a comunidade internacional, mas com tom de balanço de mandato focado no público interno - mais especificamente nos eleitores que vão às urnas no início de outubro. Em 2013, o incisivo discurso da presidente contra a espionagem do governo norte-americano ganhou ampla repercussão dentro e fora do Brasil. Na ocasião, Dilma manifestou “indignação” e “repúdio” ao episódio, “um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis”.
No último dia 8, logo depois de participar da série Estadão Entrevistas, Dilma foi questionada pela reportagem se pretendia retomar o assunto da espionagem no discurso deste ano. “Não é hoje tão relevante. O que vai ser mais relevante são outros aspectos”, disse.
Questionada sobre a participação na Cúpula do Clima, outro evento que ocorrerá em Nova York, respondeu: “Isso vai ser relevante.
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