Os ataques ao candidato, em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, abriram a propaganda tucana e ocuparam 1min32s dos 4min50s a que Alckmin tem direito durante o horário eleitoral. A exemplo das peças em que Skaf foi o alvo, as críticas não foram feitas pelo governador, mas por locutores do programa, que ao se referir ao adversário enfatizavam a expressão "Padilha do PT". "Como é que pode querer ser governador de um Estado tão importante quanto São Paulo, se ele não teve competência nem para administrar o Ministério da Saúde", diz um deles.
Os apresentadores mencionaram números negativos atribuídos à gestão do petista na Saúde que, segundo a propaganda, "virou um caos" e "não mandou um tostão" para a administração dos Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs), mantidos pelo governo do Estado. Em um jingle ao som de uma ciranda, a propaganda ainda afirmou que o adversário é "incompetente". " Deixou a saúde doente, deixou ela toda quebrada. Santa incompetência é o Padilha. Santa incompetência é o PT", dizia a música.
Até a semana passada, Alckmin mantinha os ataques diretos focados a Skaf, candidato em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.
Desde o início do horário eleitoral, em agosto, Alckmin tem priorizado o rádio veicular ataques aos adversários. Nesta segunda, o trecho antipetista da propaganda terminou com uma referência ao escândalo do mensalão. "Vocês sabiam que dos últimos quatro candidatos que o PT apresentou para o governo de São Paulo, dois estão presos?", questiona o locutor. A provocação lembra o ex-ministro José Dirceu e ao ex-presidente do PT José Genoino, ambos presos por envolvimento no escândalo, e que disputaram as eleições estaduais em 1994 e em 2002, respectivamente.
A propaganda petista, por sua vez, nas duas últimas semanas endureceu o discurso e passou a questionar mais o governo Alckmin, que costuma ser apresentado como o candidato das "promessas não cumpridas". Mote parecido ao explorado por Skaf, que também costuma dedicar os ataques ao tucano..