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Estado de Minas

Pezão e Lindbergh batem boca durante debate da OAB no RJ


postado em 22/09/2014 19:37 / atualizado em 22/09/2014 19:40

Num acalorado debate nesta segunda-feira, 22, entre os cinco principais candidatos ao governo do Rio, houve até bate-boca entre o atual governador e pleiteante à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e o senador Lindbergh Farias (PT). "Não bote o dedo na minha cara", chegou a dizer o petista ao peemedebista, que se irritou ao ser interrompido enquanto falava. Já o senador Marcelo Crivella (PRB) despertou gargalhadas na plateia e até em seus concorrentes.

No evento, promovido por Veja/Estácio/OAB-RJ, o ex-ministro da Pesca afirmou que tem ouvido na rua que o Rio "trocou de dupla": "Era dupla 'Cabritinho'", formada pela parceria entre o ex-governador e agora candidato Anthony Garotinho (PR) e o também ex-governador Sergio Cabral (PMDB), e "agora é 'Cabrão', Cabral e Pezão", disse, provocando as risadas. Os cinco candidatos começaram a rir e até Crivella precisou ser lembrado pelo moderador do assunto da pergunta, que era a reforma do Maracanã.

No debate da TV Band, em agosto, o candidato do PRB já havia provocado risadas da plateia ao responder pergunta sobre a legalização da maconha e afirmar que "empresas da Holanda foram fechadas porque seus funcionários estavam usando drogas". Citou a Fokker e disse que seus aviões "começaram a ter problemas, inclusive no Brasil".

O momento mais quente ocorreu após Pezão comentar uma resposta de Lindbergh. O petista afirmou que o Rio "está quebrado" por conta da "irresponsabilidade" do atual governo. "É lamentável, senador", começou a resposta o governador; o senador, ao seu lado da mesa, o interrompeu: "São números". Pezão então se irritou: "Eu ouvi calado, então me respeite que eu te respeitei". Na discussão, que durou menos de um minuto, Lindbergh falou para Pezão não levantar o dedo; pelo microfone, o mediador interveio, o cronômetro foi zerado e o peemedebista recomeçou sua resposta.

Mais uma vez, as propostas ficaram em segundo plano no debate, de 2h30: os candidatos centraram suas críticas no atual governo e também no período de Anthony Garotinho e sua esposa, Rosinha (atualmente prefeita de Campos, no Norte Fluminense), no Palácio Guanabara.

O candidato do PR não poupou ataques a Pezão e Cabral: chamou o atual governador de "fantoche" que "é da mesma quadrilha do (Jorge) Picciani (presidente regional do PMDB) e do Paulo Melo (peemedebista, presidente da Alerj)". "Posso ter cometido equívocos no meu governo, mas ladrão eu não sou, não. E tem gente aqui nessa mesa que é", afirmou Garotinho, sem citar nomes. Ao fim do debate, perguntado pelos jornalistas, o candidato do PR se esquivou de nominar a quem se referia: "Acho que ficou claro", se limitou a dizer.

Logo no começo do debate, o ex-governador exibiu fotos que levou para a bancada, de Sergio Cabral ao lado dos irmãos milicianos Jerominho (ex-vereador) e Natalino Guimarães (ex-deputado estadual).

Quase no fim do evento, Pezão perdeu a paciência com Garotinho. "Você, Garotinho, eu acho que você tem um problema. Você tem de sentar no divã e discutir essa questão com o Cabral, pô. Eu estou aqui discutindo o futuro do Rio e você só fica falando do Cabral, cara". Não somente Garotinho fez referências a Sergio Cabral. O candidato do Psol, entretanto, foi além: "São todos 'Cabrais'", afirmou Tarcisio Motta sobre seus concorrentes.


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