Rio - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta terça-feira que os artifícios do governo para cumprir o superávit primário são resultado de uma política que afastou a iniciativa privada.
"Nós vemos agora o governo reduzir a previsão de crescimento e sacar dinheiro Fundo Soberano do Brasil. Ao contrário do que o governo quer fazer crer, o baixo crescimento do Brasil não é resultado apenas da crise internacional. O governo demonizou o setor privado, afastou o investimento e o resultado é esse crescimento pífio", criticou Aécio, ao desembarcar na estação das barcas em Niterói, na região metropolitana do Rio.
O candidato voltou a falar sobre fator previdenciário e disse que a fórmula de cálculo das aposentadorias não será extinta em seu governo. Segundo ele, um novo índice será estudado e adotado, se ele vencer a disputa. "Não vamos acabar com o fator previdenciário, vamos substituí-lo por um fator que não seja tão penoso para o aposentado", afirmou Aécio.
Sobre o fato de ainda não ter lançado seu programa de governo, o candidato tucano afirmou que isso não atrapalha a campanha eleitoral, nem diminui suas chances de chegar ao segundo turno. Em clara referência às mudanças no programa da adversária Marina Silva (PSB) na disputa pela Presidência, Aécio disse que seu programa "não será escrito a lápis".
Aécio ainda prometeu um plano de mobilidade urbana, a ser apresentado no início de seu governo, se eleito. "Vamos fazer parcerias com a iniciativa privada e trabalhar no marco regulatório das ferrovias", prometeu.
O chamado "mutirão de mobilidade" terá regras claras para atrair capital privado, principalmente nas grandes e médias cidades brasileiras, disse Aécio. A prioridade, segundo ele, será a instalação de metrôs, metrôs de superfície e BRTs. Após ter desembarcado em Niterói, o candidato tucano fará uma caminhada pelo bairro de Icaraí..