A candidata afirmou ainda que a proposta de independência do BC foi feita pelo ex-governador Eduardo Campos como um choque capaz de restabelecer a credibilidade da autoridade monetária. "A inflação voltou a crescer, os juros estão altíssimos, prejudicando investimentos, os investimentos bons, que criam maior geração de emprego e renda. Na instabilidade econômica, quem tem o dinheiro vai aplicar seus recursos para obter ganhos com os juros e não para fazer investimentos", disse ela.
Marina disse que os responsáveis pelo seu programa de governo discutiram modelos para proteger a sociedade e não permitir que o presidente da República faça com o Banco Central as mesmas interferências políticas que fez na Petrobras, na Eletrobrás e até no IBGE. "Autonomia do BC é proteger o salário da inflação, o cidadão da falta de credibilidade que diminuiu os investimentos e faz com que a indústria seja reduzida a pó", afirmou Marina. Ela disse ainda que no governo do presidente Lula foi feito um esforço muito grande para a independência, com a nomeação do ex-tucano Henrique Meirelles, um banqueiro, para o Banco Central, dando-lhe status de ministro. "No governo de Dilma, a situação ficou tão degradada que foi necessário que Eduardo Campos propusesse a autonomia do Banco Central de fato, como forma de um ato forte que restabelecesse a credibilidade da autoridade desse País".
Alckmin
Ela também responsabilizou o PSB pela confecção de material de propaganda política com seu nome ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que busca a reeleição.
Quanto a um possível acordo com Alckmin no segundo turno, Marina disse que qualquer coisa relativa a essa nova fase da campanha será decidida depois do primeiro turno. "Segundo turno discuto no segundo turno", afirmou. Marina também não apoia a aliança entre o PSB e o PSDB no Paraná. Indagada se vai mudar o comportamento, disse que não. "Está mantido o nosso compromisso de que, nos lugares em que a Rede não está na aliança, mantemos a independência. O segundo turno, discute-se depois", reiterou ela.
A ex-ministra, porém, afirmou que, se for eleita presidente da República, não discriminará nenhum governador, não interessa o partido. "Nossa posição em relação aos governos dos Estados é de respeito aos governos eleitos.