Marina tentou mostrar "como a velha política atrasa a sua vida" fazendo críticas indiretas principalmente ao governo de Dilma Rousseff, com menções a "autoridades que cuidam somente dos interesses dos grupos que dominam aos partidos" e distribuição de "cargos e ministérios em troca de mais tempo no horário eleitoral". "Nosso interesse não é derrotar a qualquer custo, é mudar a política", afirmou Marina.
Depois das críticas, Marina reapresentou algumas propostas como o ensino em tempo integral e o passe livre para estudantes de escolas públicas. Marina apareceu caminhando em uma floresta e falando sobre espécies nativas, como a biorana, já citada pela candidata em outro programa como uma árvore aparentemente frágil, mas resistente. Além de propor a criação do Conselho Nacional de Mudanças Climáticas, a ambientalista falou em reduzir o desmatamento, aumentar a área de florestas plantadas e acabar com os lixões.
O programa de Aécio Neves apresentou uma conversa do presidenciável com líderes sindicais, como o deputado Paulinho da Força e o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. Nesta parte, quando falou sobre seu compromisso de buscar alternativas para a substituição do fator previdenciário e de continuar a valorização do salário mínimo, o tucano criticou principalmente o governo do PT. "Eu fiz uma conta outro dia: só esses desvios na Petrobras permitiriam que 450 mil crianças, o seu filho por exemplo, estivessem em uma creche".
As críticas a Marina Silva vieram em seguida, com o locutor do programa tucano ligando a candidata do PSB ao PT e listando uma série de eventos que lembravam a participação da ambientalista no governo Lula. "Marina foi ministra do governo do PT junto com a Dilma, enquanto isso Aécio era oposição e defendia mudança", afirmou o locutor, que disse ainda que Marina deixou o PT "quando Lula escolheu Dilma para ser sua candidata". A tentativa de criação da Rede e a ida para um partido que foi por muito tempo aliado do atual governo também foram ressaltadas. "Dilma promete as mudanças que não fez e Marina, a nova política que nem sempre praticou. Enquanto isso, Aécio segue defendendo a mudança", conclui.
Com um tempo de TV muito superior aos adversários, a presidente Dilma apresentou realizações de seu governo e fez promessas para um eventual segundo mandato. O projeto "Viver Sem Limites", voltado para pessoas com deficiência física, foi apresentado como uma estratégia integrada para enfrentar os desafios de quem tem mobilidade reduzida.
O programa apresentou personagens como o senhor Jairon Vieira, cadeirante que hoje mora com a esposa em uma casa adaptada graças ao Minha Casa Minha Vida. "Dona Dilma, obrigado", disse em um vídeo gravado para a candidata do PT. Dilma disse orgulhar-se do Minha Casa Minha Vida, visitou famílias que moram em casas construídas pelo programa e disse que não vai se acomodar por ser a presidente "que mais construiu casas populares". "Se a família é o centro de tudo, a casa própria é mais do que um telhado, concreto e paredes", disse a presidente.
Já no final do programa, Dilma apresentou duas críticas indiretas a adversários - no caso, a Marina Silva. A candidata petista mostrou depoimentos de apoiadores e entre eles estava Ângela Mendes, filha de Chico Mendes que declarou apoio à petista. "Não vemos nenhum outro candidato capaz de fazer as mudanças que a juventude precisa, que os povos da floresta precisam", afirmou. O locutor ainda afirmou que "o Brasil que defende o pré-sal também está com a presidenta Dilma" antes de um eleitor dizer que "o pré-sal não é irrelevante, é o futuro".
Dilma aproveitou a propaganda para convocar, no próximo dia 26, uma mobilização nacional pelos direitos dos trabalhadores batizada de "nem que a vaca tussa", em referência à sua fala em comício em Campinas, na semana passada..