O julgamento do pedido de arquivamento da investigação foi interrompido pelo ministro Luís Barroso, que pediu vista dos autos.
O inquérito do cartel está no Supremo porque Rodrigo Garcia e José Aníbal, como parlamentares, detêm foro privilegiado perante a Corte máxima. Sob responsabilidade da Polícia Federal em São Paulo está outro inquérito, que cita empresários e agentes públicos sem foro especial. Marco Aurélio e Toffoli acolheram os argumentos do advogado Alexandre de Moraes, que defende Rodrigo Garcia.
Moraes sustenta que a investigação do STF já está encerrada, desde que quatro testemunhas ouvidas a pedido da Procuradoria Geral da República negaram ter ouvido falar em pagamento de propinas para os parlamentares. Os deputados foram citados pelo engenheiro Everton Reinheimer, ex-diretor de Transportes da multinacional alemã Siemens. Ele fez delação premiada.
A Procuradoria havia pedido cooperação internacional para rastreamento de contas em paraísos fiscais, atribuídas a ex-dirigentes do Metrô de São Paulo, mas o ministro Marco Aurélio indeferiu a medida..