Aécio respondeu às perguntas por escrito, ao contrário de Marina Silva, que respondera oralmente durante evento semelhante na semana passada.
"Sou candidato (...) porque acredito que política e decência não são incompatíveis, ao contrário, devem caminhar juntas, quase como irmãs siamesas. Quero resgatar, na Presidência da República os valores da ética e da honradez, que aprendi muito cedo, na minha própria casa. Estou determinado a lutar com todas as minhas forças para fazer as verdadeiras mudanças pelas quais milhões de brasileiros esperam", afirmou. "Faltam poucos dias, mas dias suficientes para o Brasil começar a escrever uma nova história."
"É uma vergonha o que fizeram com a Petrobras. Nós vamos retirá-la da política, para que ela possa servir aos brasileiros. E continuaremos cobrando que as investigações avancem e os responsáveis por esses desvios sejam exemplarmente punidos", escreveu Aécio, em outro momento.
Ao falar sobre medidas econômicas, o tucano afirmou: "As medidas impopulares, o atual governo já tomou. Inflação estourando a meta, crescimento muito baixo e denúncias de corrupção que não terminam.
O nosso governo terá uma política fiscal transparente, resgate das agências reguladoras, previsibilidade na política macroeconômica e, sobretudo, ética na gestão dos recursos públicos.
"Na educação, temos dois programas para reduzir a evasão escolar. O Poupança Jovem, que já beneficia 180 mil jovens em Minas Gerais, deposita em uma caderneta de poupança R$ 1.000 para cada estudante do ensino médio. Ao final dos três anos, se tiver boas notas e não se envolver com a criminalidade, pode sacar os R$ 3.000 para abrir um negócio ou pagar a universidade. Já o Mutirão de Oportunidades pagará um salário mínimo para o jovem que abandonou a escola voltar a estudar. Ele será remunerado para estudar. Esse programa irá beneficiar 20 milhões de jovens de 18 a 29 anos. E vamos criar a Nova Escola Brasileira, com professores qualificados, estrutura adequada e currículos que estimulem os estudantes."
"A agricultura tem sustentado grande parte do crescimento do país e da geração de empregos. Infelizmente, o atual governo não a trata como deveria e destruiu alguns setores, como o do etanol, por exemplo. Temos que apoiá-la com investimentos em infraestrutura, simplificação do sistema tributário e apoio à inovação, tudo isso impactará positivamente na competitividade de quem produz no Brasil. Além disso, temos que ter uma política externa que amplie os mercados para aquilo que aqui se produz", continuou o candidato.
Aécio chegou a mencionar seu avô, Tancredo Neves, que morreu antes de assumir a Presidência da República em 1985.