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Estado de Minas

Doleiro da Operação Lava Jato negocia delação premiada

Mesmo com o acordo da delação premiada, é provável que o Alberto Youssef tenha que, além de entregar todos os seus bens ilícitos, cumprir quatro anos de prisão em regime fechado e outros quatro em regime aberto


postado em 24/09/2014 00:12 / atualizado em 24/09/2014 07:24

Brasília – O doleiro Alberto Youssef decidiu fazer a delação premiada no âmbito da Operação Lava a Jato, da Polícia Federal. A informação é do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o doleiro no Superior Tribunal de Justiça. “É uma pena, temos uma tese jurídica que era importante no STJ”, afirmou o criminalista. Ele disse ter sido avisado que o doleiro tomou a decisão por pressão familiar e porque vários outros decidiram fazer a delação. O advogado deixará o caso.

Mesmo com o acordo da delação premiada, é provável que o doleiro tenha que, além de entregar todos os seus bens ilícitos, cumprir quatro anos de prisão em regime fechado e outros quatro em regime aberto. A exigência do cumprimento de uma pena mínima é da força-tarefa do Ministério Público Federal que atua na Operação Lava a Jato. Sem o acordo, Youssef poderia ficar mais de 20 anos no regime fechado.

O rigor adicional que os procuradores têm com Youssef deve-se ao fato de o doleiro já ter descumprido um acordo de delação que assinou em 2004, quando foi investigado por remessas ilegais que fez usando o Banestado, banco do governo do Paraná. Youssef se comprometeu a deixar o mercado paralelo de dólares, mas, em vez disso, aumentou ainda mais o volume de seus negócios. Como desrespeitou a promessa, o processo do Banestado foi reaberto em maio deste ano pelo juiz federal Sergio Moro, responsável pela operação, e Youssef foi condenado a quatro anos de prisão. A ação penal havia sido instaurada em 2003 e os crimes de Youssef, perdoados em 2004.


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