Em Caetés, dois dias antes, o rapaz havia discursado que o pai “estava na mais dura batalha que ele já tinha enfrentado”. “Era uma briga contra duas forças que há mais de 20 anos estão no poder (PT e PSDB) e hoje vêm tirando a oportunidade do povo sonhar com um futuro melhor. E nós estamos aqui para continuar essa luta”, atacou.
No programa eleitoral da televisão, a viúva Renata Campos assegura que Câmara tem “total capacidade” para levar adiante o legado deixado pelo ex-governador de Pernambuco. Como fiadora das escolhas do ex-presidenciável, também pede voto para o candidato a senador, Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Ex-secretário estadual da Habitação, do Turismo e depois da Fazenda, no governo Campos, Câmara era um desconhecido do eleitorado. A primeira rodada do Ibope, de 30 de julho, apontava a sua desvantagem em relação ao candidato adversário e ex-aliado, o senador Armando Monteiro Neto (PTB), apoiado pelo PT. Enquanto o socialista tinha 11% das intenções de voto, o petebista somava 43%. Na terceira rodada da pesquisa feita no último dia 16, no entanto, Câmara estava à frente - 38% contra 32% do petebista.
Prima do ex-presidenciável, a vereadora Marília Arraes apoia o candidato adversário Armando Monteiro Neto e considerou “lamentável” o uso de imagens de familiares do ex-governador na campanha. “Não acrescenta nada à história de Pernambuco, um Estado politizado e revolucionário”, disse. Sobre o engajamento de João Campos, ela observou que ele tem um longo caminho pela frente para se tornar um líder político. “Não é herança familiar”, disse. “Não estamos numa monarquia.” .