O presidente do PT, Rui Falcão, anunciou nesta quarta-feira, 24, que a campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff vai ingressar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra o programa eleitoral da ex-ministra Marina Silva (PSB) que apontou a petista como responsável pelo prejuízo da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena (EUA). A coligação de Dilma pedirá à Justiça direito de resposta no horário eleitoral.
Nessa terça-feira, 23, a propaganda de Marina na TV levou ao ar uma peça publicitária na qual são exibidas manchetes de jornais, entre eles o jornal O Estado de S. Paulo, e um locutor diz que "o Tribunal de Contas da União (TCU) chegou a pedir que Dilma responda pelo rombo na empresa (Petrobras)".
Para o advogado da campanha de Dilma, Flávio Caetano, o fato é "sabidamente inverídico e mentiroso", uma vez que o TCU posteriormente isentou a presidente de "qualquer responsabilidade no caso de Pasadena". O TCU calculou que a transação envolvendo a refinaria causou um prejuízo de US$ 792 milhões. À época da compra da primeira metade de Pasadena, Dilma era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. "Não pode Marina apresentar fato inverídico, dizendo que o TCU recomendava a responsabilidade (de Dilma)", concluiu Caetano.
Aécio
O jurídico do comitê pela reeleição de Dilma também afirmou hoje que vai pedir direito de resposta contra o candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves. Flávio Caetano disse que a medida terá como alvo o programa do tucano de terça-feira, no qual a administração do PT é apresentada como um governo "de improviso", que "não entrega obras não planeja". Segundo Caetano, a peça também sugere que o governo do PT apenas financia projetos fora do País, citando como exemplo o porto de Muriel (Cuba).
Falcão reagiu hoje e disse que, no porto cubano, 80% dos equipamentos e dos serviços estão sob responsabilidade de empresas brasileiras, o que gera empregos no País abre possibilidades para a inserção de companhias nacionais no mercado do Caribe.