Candidato do PMDB ao governo estadual, Paulo Skaf se esquivou de manifestar apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, durante campanha na região do ABCD, reduto histórico do PT, nesta quarta-feira, 24. Instado pela reportagem do CQC, da rede Bandeirantes, a dizer se apoiava Dilma, o peemedebista não cedeu e disse que estava focado em sua eleição em São Paulo. Adversários no Estado, PMDB e PT são aliados no plano nacional.
O candidato do PMDB fez campanha relâmpago em quatro cidades da região que é berço do PT. O peemedebista visitou veículos de comunicação, instituições e fez caminhadas também em Diadema, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul. Durante a maratona de quase nove horas, aproveitou todas as oportunidades para criticar a gestão de Alckmin, seu principal adversário que, segundo as pesquisas, pode vencer no primeiro turno. Como na Escola Estadual Deputado Gregório Bezerra, em Diadema, que considerou precária. "Volta e meio não tem aulas porque os professores faltam e há um depósito de lixo aqui ao lado." Em contrapartida, elogiou o Centro Municipal de Integração e Saúde da Terceira Idade em São Caetano do Sul, cidade administrada pelo PMDB.
No corpo a corpo pela região, Skaf teve reforço do vice-prefeito de São Bernardo, Frank Aguiar, candidato a deputado federal, e do estadual Jooji Hato, que busca a reeleição. Durante a caminhada em Diadema, um morador jogou água da janela de um prédio sobre a comitiva, protestando contra o barulho do carro de som. Mãe de um detento, Vera Lúcia Ferreira da Silva pediu melhoria no sistema prisional "superlotado" e ouviu a promessa de que, se eleito, Skaf investirá em unidade de ressocialização.
Na rápida passagem por São Bernardo, o candidato caminhou pela rua Marechal Deodoro, no centro comercial, e pediu voto a lojistas. Em entrevista no estúdio da Rádio ABC, em Santo André, o peemedebista defendeu a reeleição e lembrou ter sido reeleito na presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Ser reeleito é o melhor julgamento que um homem público pode ter." Ao comentar o desempenho na pesquisa do Ibope, disse que é preciso aguardar a eleição e não vai mudar a campanha. "Não há necessidade de fazer nada extraordinário. Vamos continuar andando pelo Estado."