Lideranças sindicais apresentam, neste momento, uma carta à candidata e ao vice, ressaltando o pedido de maior diálogo dos movimentos sindicais com a Presidência da República e reafirmando a pauta sindical. Entre os pedidos estão pautas clássicas do setor, como valorização do salário mínimo e aposentadorias e redução da jornada de trabalho. Temas que geraram polêmica por causa do programa de governo de Marina também foram colocados na carta. No documento, as lideranças pedem expressamente o fim do fator previdenciário e o fim da terceirização para atividades fim das empresas.
Sobre a segunda questão, Beto afirmou que a campanha nunca discutiu regularizar a terceirização para atividades fim e disse que isso não será feito "em nenhuma hipótese", em eventual governo dos dois.
No programa, que critica o fato de o Brasil ter um "viés contra a terceirização", o sistema é citado como uma forma de contratação que gera ganhos de produtividade à economia. O documento da candidatura também fala de uma atualização das relações trabalhistas. Os trechos causaram discordância interna com sindicalistas filiados ao PSB. "Quando a gente bota no programa de governo que vai atualizar é para que nenhuma brecha fique aberta para que o direito trabalhador fique prejudicado", afirmou Beto.
Com relação ao fator previdenciário, o vice de Marina repetiu que a candidatura do PSB não se comprometeu com o fim do fator previdenciário, mas em rever o mecanismo - instalado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que impõe perdas a quem se aposenta antes do tempo.
A candidata Marina Silva, neste momento, ouve uma série de manifestações de diferentes lideranças sindicais. Apesar do tom de cobrança das lideranças, o público é majoritariamente favorável à sua campanha.
Com bandeiras das associações, lideranças cantaram o jingle de campanha composto por Gilberto Gil para Marina e gritaram "Marina, guerreira da pátria brasileira". As lideranças apresentaram uma visão bastante críticas ao governo Dilma, que consideram um retrocesso em relação ao governo Lula, em especial pela perda de diálogo com representantes dos movimentos sindicais..