"Nós sempre falamos a verdade, de cara limpa e rosto aberto, sem nos escondermos", disse hoje Falcão, que ironizou o fato de Marina ter participado ontem de um comício ao lado de Paulo Bornhausen, candidato do PSB ao Senado em Santa Catarina. O pai de Paulo, Jorge Bornhausen, foi senador pelo PFL e governador do Estado indicado pela ditadura militar.
Falcão também disse que Marina mentiu ao apresentar dados de desmatamentos durante sua passagem no governo Lula como ministra do Meio Ambiente e também quando disse que havia cláusulas de confidencialidade em contratos de suas palestras, antes de ela se tornar presidenciável.
Sem apresentar nomes e os casos concretos, Rui Falcão citou o fato de que 10 diretores e gerentes do Ministério do Meio Ambiente na gestão Marina foram demitidos. As razões, segundo ele, são improbidade administrativa e malversação de recursos públicos. Falcão citou as exonerações na pasta ao criticar o fato de Marina ter dito recentemente que o PT havia indicado pessoas para a Petrobras que "causaram malfeitos".
Durante entrevista coletiva, o presidente do PT afirmou que não está fazendo uma campanha contra Marina Silva. Ele disse que está havendo um embate de ideias. "Temos feito a campanha de debate programático e, pelo menos segundo as pesquisas, têm dado ressonância", disse Rui Falcão. "Nunca houve um ataque pessoal (contra Marina)", completou.
O petista não quis se aprofundar sobre os resultados das última pesquisas eleitorais, entre elas a Ibope/Estadão/TV Globo em que aumentou a vantagem, no primeiro turno, de Dilma sobre Marina.
O presidente do PT disse ainda que a campanha está incentivando a ampliação da mobilização na reta final do primeiro turno. Ele citou uma série de eventos que estão sendo planejados a partir desta sexta-feira, entre eles, a mobilização das centrais sindicais em favor de Dilma, batizada "Nem que a Vaca Tussa" - de defesa da manutenção de direitos trabalhistas..