O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, prometeu nessa quarta-feira, a sindicalistas da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT ) e outras entidades reunidas no Sindicato dos Empregados no Comércio de Belo Horizonte, manter a política de reajuste do salário mínimo até 2019, reajustar a tabela do Imposto de Renda pela inflação e também voltou a anunciar a intenção de rever o fator previdenciário, principal item da pauta dos aposentados. “Vamos discutir com os trabalhadores brasileiros e representantes dos aposentados a política que permita a substituição do fator previdenciário por algum mecanismo que não puna como vem punindo a remuneração dos aposentados”, disse.
“O compromisso firmado com os sindicalistas é o entendimento verdadeiro, sincero, a partir do reconhecimento de que o fator previdenciário foi criado lá atrás num momento em que o Brasil vivia outra situação econômica grave”, assinalou, em referência ao governo Fernando Henrique Cardoso. Aécio lembrou que o Congresso Nacional, durante o governo Lula, aprovou o fim do fator previdenciário, proposta que, destacou o candidato, foi vetada pelo petista. Ele informou que a sua equipe, que elabora o programa de governo, busca outros tipos de benefícios e reajustes que possam garantir o poder aquisitivo do aposentado. “Tenho proposto à minha equipe a possibilidade de incluirmos no reajuste a variação do preço de medicamentos como mais uma alternativa”, afirmou.
Ao lado dos candidatos ao governo de Minas Pimenta da Veiga (PSDB), a vice Dinis Pinheiro (PP) e ao Senado Antonio Anastasia (PSDB), Aécio participou nessa quarta-feira de ato de campanha no sindicato na Região Central de Belo Horizonte. “Nossa candidatura é a única que apresenta condições concretas de resgaste do crescimento do país.
Pedindo votos para si e para Pimenta da Veiga – que lançou o brado “Fora PT” – Aécio voltou a fazer duras críticas ao partido da presidente Dilma Rousseff. “Não vamos deixar Minas Gerais cair nas mãos daquele partido que o país rejeita”, disse. Em apelo, o tucano fez o que chamou de um “chamamento de Minas” contra “a corrupção e a ineficiência”. “Cada vez me convenço mais que a alternativa para que o Brasil avance é a nossa candidatura.” Sem citar o nome da candidata Marina Silva (PSB), o tucano disse ainda: “Não gostaria de daqui a quatro anos estar lamentando uma eventual decisão equivocada. A Presidência da República não é local para aprendizado”.
Pela manhã, em campanha em Uberaba, no Triângulo, Aécio participou de carreata ao lado de Pimenta da Veiga. O presidenciável tucano reiterou que acredita que vai recuperar votos de quem quer derrotar o PT.
PESQUISA INTERNA Em encontro com representantes de movimentos culturais, no Museu Inimá de Paula, no Centro de BH, o tucano descartou a possibilidade de apoiar Marina em um eventual segundo turno, uma vez que considera seu nome com grandes chances de ultrapassar a socialista até as eleições. “Não posso fazer isso (apoiar Marina). Nossa candidatura representa a mudança de valores e de visão de mundo. A mudança verdadeira se dará em janeiro do próximo ano e somos nós que temos um time preparado para isso”, afirmou Aécio. Segundo o tucano, levantamentos internos do PSDB apontam uma aproximação de sua candidatura à de Marina, que hoje ocupa a segunda colocação na corrida presidencial. “Estamos com menos de cinco pontos de diferença.
Aécio criticou a gestão de Dilma Rousseff na área da cultura, apontando a concentração de verbas e o “orçamento insignificante” para o setor. “Temos o compromisso de, em quatro anos, quadruplicar o orçamento da cultura, que hoje é insignificante. Estavam presentes no encontro personalidades mineiras do mundo da moda, do eatro, das artes plásticas, da música e da gastronomia, entre eles os estilistas Ronaldo Fraga e Renato Loureiro, Gabriel Vilea (Grupo Galpão) e os músicos Beto Guedes e Henrique Portugal (Skank)..