São Paulo - No horário eleitoral de rádio desta quinta-feira, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, manteve a estratégia vista no último programa de reagir aos ataques que vem sofrendo, destacando escândalos envolvendo a Petrobras. Já a propaganda de Aécio Neves (PSDB) destacou o resultado da pesquisa Vox Populi desta semana, enquanto Dilma Rousseff (PT) ignorou adversários e focou em mobilidade urbana.
O PSDB iniciou seu programa citando a pesquisa Vox Populi divulgada no último dia 23. Os locutores afirmaram que Aécio está "colado" na Marina, com "cinco pontinhos só" de diferença. Outro levantamento divulgado esta semana, do Ibope, mostra diferença de dez pontos porcentuais entre os dois candidatos, mas não foi citado na inserção tucana. A propaganda também voltou a apresentar uma breve biografia do candidato, destacando sua experiência política e o fato de ter terminado seu segundo mandato como governador de Minas Gerais com 92% de aprovação.
O candidato falou de segurança pública e de sua atuação na aprovação da lei de reajuste do salário mínimo. No fim do programa, o PSDB voltou a apresentar um jingle dizendo que, entre a Dilma e a Marina, "nenhuma nem outra, a Marina é a Dilma com outra roupa".
Já o programa do PT preferiu ignorar os adversários, focou em mobilidade urbana e destacou o investimento de R$ 143 bilhões de reais do governo federal em metrôs, VLTs, BRTs e corredores exclusivos de ônibus, apresentando também depoimentos de beneficiados pelas obras. "Estamos realizando grandes obras de infraestrutura em todo o Brasil. Para o Brasil inaugurar um novo ciclo de desenvolvimento, é preciso também realizar grandes reformas. Essas reformas não podem mais ser adiadas, porque o Brasil tem pressa e o nosso governo, também", disse Dilma.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou ao programa da petista hoje, reiterando que o segundo mandato de Dilma será melhor que o primeiro, "exatamente como aconteceu comigo". "Dilma pôde mostrar nessa campanha o quanto ela fez pelo Brasil, mesmo enfrentando uma grave crise internacional. Dilma é a primeira a admitir que muita coisa ainda deve ser feita, mas ela sabe como fazer", afirmou Lula.