De acordo com Marina, a política econômica implementada por Dilma precisa ser revista para restabelecer a confiança dos investidores no país. Entre as prioridades, ela defendeu a criação de um conselho de responsabilidade fiscal para dar transparência aos gastos do governo. “Gasta-se de forma ineficiente”, afirmou. Disse também que vai rever o teto da meta para o índice inflacionário - de 6,5% para 4,5% ao ano. Defendeu rever a destinação das linhas de crédito dos bancos públicos. Para ela, o governo atual privilegia “meia dúzia de ungidos” - que ela calculou terem sido beneficiados com financiamentos a juros subsidiados que giram em torno de R$ 500 bilhões.
CLT
Marina também prometeu que, se eleita, não irá mexer na CLT.
Reforma Tributária
Marina também prometeu enviar, se eleita, no primeiro mês de governo um projeto propondo a reforma tributária. Ela estabeleceu como tripé para as novas regras a seguinte fórmula: “quem pode mais, paga mais, transparência e simplificação”.
Em relação também ao pagamento de tributos, Marina disse que pretende rever os incentivos fiscais dados pelo atual governo para incrementar a produção e gerar empregos. Segundo ela, o governo tem adotado o incentivo fiscal, citando a indústria automobilística, sem exigir 'contrapartida' do empresariado. “Vamos qualificar melhor esse incentivos”, explicou, elencando como retorno empresarial a redução de emissão de gás carbônico e investimentos em novos equipamentos.
Conflito
A candidata do PSB afirmou que não vê empecilho em compatibilizar interesses dos diversos setores econômicos – em especial do agronegócio - e os ambientalistas. “As duas coisas não são incompatíveis. É possível juntar economia e ecologia. O conflito é para se remanejado”, resumiu.
Sobre os alimentos transgênicos - outro item da pauta que no passado de Marina gerou polêmica entre ambientalistas e o agronegócio-, Marina disse que não pretende, se eleita, mudar a lei que disciplinou o plantio no país desse tipo de alimentação modificada geneticamente.
Choro
Marina também rebateu quem entendeu ser sinal de fraqueza ela ter chorado após ser criticada pelo ex-presidente Lula quanto às propostas que defende para se eleger presidente da República. “Não se pode confundir fraqueza com sensibilidade”, avaliou.
Em relação às pesquisas, ela também preferiu apelar para o lado emotivo, em vez de comentar a queda dela nas sondagens feitas pelos institutos que apuram a intenção de votos. Marina lembrou a trajetória pessoal de superação de dificuldades para sobreviver, acrescidas da forma que lançou a candidatura – após a morte trágica de Eduardo Campos , seu companheiro de chapa.