São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse nesta quinta-feira, em entrevista à rádio gaúcha, na série especial Painel RBS, que está "absolutamente confiante" de que estará no segundo turno dessas eleições, apesar de estar atrás das adversárias do PT, Dilma Rousseff, e do PSB, Marina Silva, nas recentes pesquisas de intenção de voto. Segundo ele, a sua ida para à segunda etapa do pleito se dará por conta da onda da razão que vem tomando conta do eleitorado brasileiro. "Temos um modelo que se esgotou (o da adversária Dilma Rousseff) e outra candidata que não se preparou (Marina Silva).
Ao falar dos atuais escândalos, ele frisou que é "uma vergonha" o que tem ocorrido na Petrobras. E voltou a dizer que pretende torná-la uma empresa bem administrada, em prol do povo brasileiro. "Liderei o esforço hercúleo para se investigar a Petrobras, (opositores) chamaram de iniciativa eleitoreira e vejam só o que está sendo denunciado por um ex-diretor (Paulo Roberto Costa), milhões em recursos desviados com total desrespeito ao dinheiro público."
Aécio disse que não mudou "um milímetro sequer" sua proposta sobre o fator previdenciário. Ele disse que irá substituir o atual sistema por um mecanismo que puna menos os aposentados. "Tenho compromisso de tirar das costas do trabalhador e do aposentado este fator e vamos substitui-lo por outro mecanismo que estamos estudando." Na entrevista, ele evitou dizer se a criação do fator, na gestão do correligionário Fernando Henrique Cardoso, foi um erro, disse apenas que foi necessário para o momento. E desconversou quando questionado sobre sua mudança de postura com relação a esta matéria, pois ele disse em evento com sindicalistas que iria acabar com este fator e quatro dias depois disse que iria estudar um mecanismo para substituí-lo.
Ao falar sobre a situação eleitoral em Minas Gerais, onde seu candidato Pimenta da Veiga está atrás do petista (Fernando Pimentel) nas pesquisas de intenção de voto, Aécio disse que espera reverter este quadro e eleger seu aliado para o governo. Sobre sua performance em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, onde aparece atrás de Marina e de Dilma nas pesquisas eleitorais, o tucano disse que sua candidatura vem crescendo e espera chegar ao segundo turno. E refutou que seus principais aliados no estado, o governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, e o candidato ao Senado, José Serra, não estejam empenhados em sua campanha.
Com Agência Estado